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Enviada em: 05/06/2019

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a persistência de bullying no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, tanto pelo ambiente escolar quanto no familiar. Nesse sentido, esses desafios devem ser superados de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.     Em primeira análise, sabe-se que a educação é o fator principal do desenvolvimento de um país. Atualmente, ocupando a nona posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema púbico de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contraste é claramente refletido nas salas de aula. De acordo com o educador brasileiro Paulo Freire no livro "Pedagogia do Oprimido", Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo. Diante do exposto, é preciso destacar a importância da escola na solução de atos como o bullying dentro e fora da sala, para combater a violência entre alunos. Há, porém, outro agente muito importante nessa luta: a família.      Outrossim, cabe salientar a família como impulsionador do bullying que na maioria das vítimas não têm como solucionante o ambiente familiar e, por conseguinte, não se sente à vontade para dialogar dentro de casa, o que dificulta  a identificação e, consequentemente, a solução da problemática.Quando os xingamentos ou agressões passam a virar repetições, com certeza se deve suspeitar de bullying. Assim, as famílias das vítimas, por não darem espaço ao diálogo em casa, acabam contribuindo para a persistência da situação do bullying.     Infere-se, portanto, que ainda há entreves para garantir a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Dessa maneira, o poder público criador da lei que incentiva o combate à prática, pode fiscalizar as instituições e fazer valer o que está no Diário Oficial. A mídia pode denunciar os casos, a fim de facilitar o trabalho de governo e, é claro conscientizar a população. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação (MEC) deve instituir nas escolas palestras ministradas por psicólogos, que discutam sobre o combate ao bullying, com o fito de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria de Platão.