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Enviada em: 20/06/2019

Desde o advento da Revolução Industrial no século XVIII, a sociedade é desafiada a lidar com mudanças e adaptações. Hodiernamente, tal desafio revela-se na necessidade de superar o bullying, que continua a permear a convivência cidadã, devido à falta de atitude do Governo e à omissão e compactuação da sociedade. Diante disso, é preciso conhecer os diversos estigmas desse problema, na propensão de solucioná-lo. Em uma primeira análise, sob a ótica sociológica, a persistência da problemática é intrinsecamente fomentada pela negligência e compactuação da sociedade que se omite diante de situações deturpadoras, tais como as vivenciadas pelas vítimas de bullying. Nesse sentido, em um estudo publicado pela Folha de São Paulo, foi divulgado que o aumento dos casos de bullying constrói-se historicamente na formação social do Brasil como traço revelador do passado cultural nacional. Desse modo, a sociedade torna-se a principal vítima de suas próprias contradições, omissões e condutas. Ademais, em um segundo plano, a falta de atitude do governo possui estreita relação com a dificuldade em combater o bullying. Isso porque a falta de investimentos em projetos que visem conscientizar os indivíduos a aceitarem o diferente, indiferente de suas mazelas sociais, gera uma sensação de abandono, culminando, assim, na elevação da disseminação do bullying no país. Esse processo decorre da necessidade que o povo sente de ser protegido por seus governantes. Nesse contexto, o filósofo Platão afirma que a punição que os bons sofrem, quando se recusam a agir, é viver sob o governo dos maus. Dessa maneira, a imprescindibilidade da superação desse dilema configura-se como um importante desafio da pós modernidade. Portanto, a negligência da sociedade, em paralelo à falta de atitude do governo, são importantes vetores da problemática. A fim de que haja a imprescindível superação desse panorama, faz-se necessário que o Governo, por meio do Ministério da Educação, implemente núcleos de debates e divulgação sobre o combate ao bullying no Brasil. À vista disso, os professores devem criar dinâmicas de grupos nas escolas, envolvendo alunos e a comunidade, retratando situações reais com busca de soluções, permitindo, dessa forma, uma ação eficaz no tratamento da problemática. Agindo assim, a construção de uma sociedade em que o respeito seja um valor substancial será uma realidade empírica, não um ideal ou uma utopia.