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Enviada em: 23/06/2019

Em análise das ideias de Charles Darwin, Herbert Spencer criou o darwinismo social, teoria que prega a superioridade de uns seres humanos sobre outros, o que, posteriormente, foi distorcido para justificar campos de concentração nazistas. De forma homóloga, o bullying consagrou-se como um prática hodierna, cujos agressores manifestam sentimentos voluntários de opressão à vítima, buscando subserviência nos atos dela. Mas, de que modo seria possível combater este comportamento indesejado?       Conforme estudos do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, o comportamento agressivo ocorre predominantemente em escolas (nos horários de recreios ou de educação física), podendo ser estendidos a ambientes cibernéticos (interações em redes sociais). Vale acrescentar que consiste na intenção do algoz em magoar o outro por meio de imputações verbais (ofensas ou apelidos), agressões físicas (cuspes ou chutes) ou, ainda, por meio de exclusão social (através de boatos). De acordo com o filme Preciosa, são concepções raciais e gordofóbicas exteriorizadas contra uma personagem vulnerável que engravidara de estupro incestuoso.       Nesse caso, se são conhecidos os lugares e métodos do bullying, é por meio deles que se poderá combatê-lo de modo cirúrgico. Com efeito, se  por um lado acontecem em meio eletrônico, as empresas de tecnologia, como o Facebook e o WhatsApp, podem desenvolver algoritmos que auxiliam no reconhecimento dos termos de cunho pejorativo; enquanto que, por outro lado, se ocorrem nas escolas, suas administrações podem observar e intervir profissionalmente nos relacionamentos desajustados.      Portanto, com a finalidade de evitar a corrupção do bom selvagem de Jean-Jacques Rousseau, é necessário que o Ministério da Educação crie órgãos psicossociais nas escola e contrate psicólogos qualificados. Esses profissionais poderão identificar comportamentos abusivos em recreios ou em aulas de educações físicas, bem como poderão instruir os alunos sobre o imperativo de tolerância à diversidade, especialmente em ambientes virtuais. Assim, pessoas mais conscientes e ambientes livres de violência.