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Enviada em: 04/07/2019

Nos quadrinhos, Peter Parker é um jovem que sofria bullying constantemente em sua escola até ser picado por uma aranha e adquirir super poderes, através dos quais combateu bandidos em sua cidade e virou o jogo no bullying, se tornando conhecido como Homem Aranha. No entanto, longe dos gibis, diversos jovens brasileiros passam pelo mesmo problema de Parker, principalmente devido à postura dos familiares em relação ao impasse e a falta de atenção das escolas à questão, porém sem poderes especiais ou qualquer tipo de apoio para enfrentarem a situação, as chacotas persistem e os abusos só pioram. Logo, medidas devem ser tomadas para que uma sociedade mais saudável seja alcançada.       Hodiernamente, a intimidação repetitiva e persistente contra grupos mais fracos, mais conhecida como bullying, se faz presente em diversos lugares, principalmente nos colégios, onde as ameaças não possuem qualquer distinção de gênero ou classe social. Inicialmente, um entrave é o desleixo dos familiares em relação a problemática, em que muitos deles devido ao enorme número de compromissos ao longo do dia, que se relaciona ao conceito de intensificação da vida nervosa, trazido pelo sociólogo Georg Simmel, não têm tempo de sobra e acabam por não perceberem as violências enfrentadas por seus filhos ou demais parentes. Segundo estudo realizado pela Universidade de São Paulo, mais da metade dos pais não conversam sobre bullying com seus filhos. Tais dados comprovam a gravidade da situação, uma vez que pouco comentada, a chance de nada ser feito a respeito é maior.       Além disso, outra adversidade enfrentada é a inobservância escolar, uma vez que na maioria das instituições de ensino do país, dificilmente há uma fiscalização e acompanhamento sobre o bullying entre os alunos, facilitando que a prática ocorra sem qualquer vigilância ou punição. Ademais, a ausência de palestras e debates sobre o assunto em grande parte dos colégios atua como principal impulsionador do problema, já que quanto menos discutido, mais ele tende a aumentar. Tais avanços podem ser muito perigosos, tendo em vista a grande quantidade de suicídios e transtornos mentais  desenvolvidos por vítimas de bullying, agravando ainda mais a situação.             Destarte, para que os índices de bullying nas escolas do Brasil caiam, é necessário que o Governo Federal, em parceria com a Organizações das Nações Unidas, desenvolva campanhas de conscientização de pais e responsáveis, através da divulgação de imagens informativas pela redes sociais, sobre a importância do diálogo com os adolescentes sobre a vida no ambiente escolar. Em adição, o Estado deve desenvolver leis que obriguem as escolas a promoverem palestras gratuitas, em horário de aula para  a conscientização dos estudantes sobre o tema. Dessa forma, através do diálogo familiar e apoio escolar, cidadãos conscientes serão formados e o bullying erradicado.