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Enviada em: 11/07/2019

A série "13 reasons why" conta a história de Hannah Baker, uma adolescente que, acarretado pelo bullying que sofria na escola, levou-a  cometer suicídio. Fora da ficção, é notório que às instituições de ensino do Brasil, especificamente, tornaram-se o berço de inúmeros tipos de agressões seja moral, psicológica ou física, e que por muitas vezes possuem um final trágico como o de Hannah. Logo, percebe-se que a cultura violenta que as instituições de ensino dispõem como a naturalização e a banalização do bullying somada o desconhecimento de leis que visam combater o ato, corroboram para com o agravamento do quadro vigente.  Em primeiro lugar, é importante ressaltar, que as escolas brasileiras não fornecem apoio aos alunos, porque tratam o Bullying com certa naturalidade e fingem não ver o que se passa por dentro das instituições. No livro "Vigiar e Punir"  de Michel Foucault, o filósofo francês aponta que as instituições de ensino detêm de uma cultura violenta, que no contexto brasileiro, as escolas tem uma tradição de autoritarismo e repressão, e isso se traduz também, no comportamento dos alunos uns com os outros. Logo, é perceptível que os colégios do brasil por muitas vezes tratam o bullying como somente uma brincadeira entre os alunos, portanto, isso não dispõe de nenhum malefício aos estudantes já que, como aponta Foucault, as instituições carregam consigo uma naturalidade a assuntos mais delicados.    Além disso, o desconhecimento da existência de leis que combatem o bullying contribui com o aumento de casos. A "Lei Antibullying" obriga as escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e de combate ao bullying, todavia, essas obrigações não são cumpridas pelas instituições de ensino, pois desconhecem a existência do regimento. Assim, pela carência de informação, as agressões se perpetuam, o que pode acarretar diversas tragedias, como por exemplo, o massacre de Suzano no ano de 2019, em que dois estudantes vítimas de bullying entraram na escola e atiraram contra alunos e funcionários, matando 10 pessoas. Desse modo, percebe-se a lacuna na proteção dos jovens nos ambientes educacionais.  Portanto, é mister que o estado tome medidas para amenizar o quadro atual. Assim, para amenizar esses entraves, o Ministério Da Educação e Cultura (MEC) por meio das universidades deve investir na formação de professores, enfocando a preparação para identificar e lidar com o bullying na sala de aula. As escolas por sua vez, devem abordar o tema em sala de aula, por meio das aulas de sociologia e historia com vistas a explicitar a gravidade do assunto e combater a agressão. Assim, será possível evitar consequências mais extremas análoga a de Hannah Baker