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Enviada em: 14/07/2019

Em “13 Reasons Why”, a protagonista Hanna Baker é uma adolescente que sofre constantemente agressões físicas e verbais no âmbito escolar. Embora seja uma obra ficcional, a série apresenta características que se assemelham no contexto atual brasileiro, tendo em vista que o bullying cresce de forma desenfreada nos mais diversos meios. Indubitavelmente, nesse cenário, a falta de atitude das escolas e o descaso governamental na contenção dessa mazela, são fatores de relevância para o tema. Destarte, faz-se pertinente debater acerca do combate dessa problemática.        A priori, é imperioso destacar que, de acordo com Helen Keller, o resultado mais sublime da educação é a tolerância. Sob essa ótica, de forma análoga, pode-se afirmar que é papel do meio educacional orientar e ensinar as crianças sobre as diferenças e o respeito entre as pessoas, sobretudo estar atento as vítimas buscando solucionar essa violência, entretanto, muitas vezes ele a negligencia. Desse modo, sem uma punição eficaz e coerente com os agressores, a escola se torna um dos meios mais propensos de ocorrer essa intimidação sistemática.       Outrossim, vale destacar que, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Brasil é o quarto país com maior prática de bullying no mundo. Com base nessa informação, parafraseando Bismark, a política é a arte do possível. Desse modo, é evidente que a falta de políticas públicas preventivas ao bullying atua como fator propulsor do grave quadro atual, o que contribui para o sentimento de vergonha e silenciamento da vitima. Sendo assim, intuí-se que a falta de programas eficazes para a prevenção do assunto supracitado, mostra a falta de laços e redes capazes de oferecer igualdade ao sujeito e notoriedade a sua aflição       Diante desse panorama, faz-se imprescindível a tomada de medidas ao entrave abordado. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação treinar professores e funcionários através de cursos e palestras de cunho obrigatório, para que reconheçam facilmente uma vitima e saibam como agir diante dessas situações. Além disso, é de suma importância que seja obrigatório uma atitude de advertência padrão de todos os colégios com o praticante da agressão, fornecendo acompanhamento psicológico gratuito tanto a vitima quanto ao agressor. Ademais, é mister que o Governo em parceria com o Poder Midiático realize campanhas em prol do respeito entre as pessoas, mostrando nos principais veículos de informação, através de documentários, séries e propagandas, de maneira fidedigna, as terríveis consequências que o bullying traz. Espera-se, com isso, que a distopia de Hanna Baker se restrinja a ficção.