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Enviada em: 15/07/2019

O bullying é caracterizado por ações violentas de cunho físico e psicológico oriundas do sujeito opressor e destinadas ao alvo ou um grupo em específico. No Brasil, tal problemática apresenta-se fortemente presente na sociedade, principalmente nos ambientes educacionais, e o grupo mais atingido por tais atitudes é o dos jovens.   Em primeiro lugar, sob um ponto de vista histórico-social, observa-se desde os tempos da colonização a presença do racismo, machismo, homofobia e outros tipos de discriminação nas relações sociais, além da desigualdade sócio-econômica a qual acomete o Brasil. Essas adversidades refletem-se na contemporaneidade e constroem comportamentos preconceituosos nas pessoas a partir da infância. Dessa maneira, tais atitudes são reproduzidas nas escolas, principalmente, onde indivíduos que distanciam-se dos padrões sociais impostos são atingidos por brincadeiras pejorativas, agressões verbais e, em casos extremos, agressões físicas. Outrossim, a escassez de ações preventivas sobre o bullying estimula a sua permanência nesses ambientes e põe em risco a saúde psíquica das vítimas.   Sob o mesmo viés, vê-se a ocorrência de ações violentas nas redes sociais: o cyberbullying. Geralmente, ele é mais violento, pelo fato da internet possuir a opção do anonimato. Cabe citar o caso de Dielly Santos que, em 2018, cometeu suicídio em decorrência do bullying físico e virtual os quais utilizaram-se da prática da gordofobia. Em vista disso, atenta-se ao fato de que tais atitudes brutais propiciam consequências muitas vezes irremediáveis, no caso do autocídio, além de provocarem patologias de toda ordem a exemplo da ansiedade, depressão, anorexia e bulimia e, na vida adulta, muitas vítimas adquirem graves distúrbios psicológicos os quais, no geral, impedem-nas de trabalharem, estudarem e manterem relações sociais sadias.   Portanto, em virtude dos aspectos analisados, são necessárias medidas que resolvam o impasse do bullying nas escolas do Brasil. É papel do Poder Executivo junto ao Ministério da Educação confrontar essa realidade e impedir casos futuros, por meio de campanhas que visem combater tais atos vis, debates e palestras em escolas e universidades, além da promoção de acompanhamento psicológico dos discentes, o qual é de suma importância para manter a saúde mental das vítimas. Ademais, é fundamental que os pais criem o hábito de dialogar com os filhos, a fim de fazê-los denunciar as opressões sofridas e sentirem-se amparados.