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Enviada em: 23/07/2019

Na série televisiva "Sex Education", Eric é um adolescente gay do colégio Moordale que, por suas roupas e estilo, é regularmente abordado e assediado por Adam, filho do diretor. Por sua vez, é demonstrado ao longo da trama como Adam é reprimido e desprezado na esfera domiciliar pela figura do pai. Fora da ficção, a prática do bullying é recorrente nas escolas da rede brasileira de ensino, com tais agressores muitas vezes reproduzindo comportamentos vistos em um círculo social (como o familiar) ou em outro (como o escolar) e criando um ciclo permanente de violência.   Em primeiro lugar, é importante destacar que, em função das relações familiares violentas, indivíduos são cada vez mais tendenciosos a terem comportamentos agressivos, consequência do convívio entre eles. De acordo com Freud, fundador da psicanálise, o caráter de uma pessoa é formado pelas pessoas que ela convive. Logo, uma vez que o ser humano cresce em uma família desestruturada, torna-se um adulto afetado negativamente com transtornos psicológicos (depressão e ansiedade). Tais fatos corroboram para que existam muitos adolescentes como o Adam.    Por conseguinte, presencia-se um forte poder de influência das escolas: ao não admitirem a ocorrência do bullying entre seus alunos; ou desconhecem o problema, não solucionam essa grande covardia. Dessa maneira, ao invés de sanar o problema, colaboram para a existência dele, o que pode, no futuro, causar uma grande ameaça. De acordo com isso, tem-se o exemplo do massacre em Suzano que, segundo apurações, entre as motivações que levaram ao massacre estavam o bullying.    Portanto, é mister que haja providências para melhorar o quadro atual. Para a finalização do bullying nas escolas brasileiras, urge que as escolas em parceria com as famílias criem, por meio de palestras com a presença de profissionais qualificados (psicólogos), campanhas nos ambientes liderados por elas -escolar e familiar- que detalhem o perigo e as consequências dessa prática, sugerindo aos alunos e filhos criarem o hábito de condenarem essas agressões físicas ou psicológicas. Somente assim, será possível combater esse problema que muitos adolescentes sofrem no Brasil e fazer com que os mesmos quebrem o ciclo permanente da violência.