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Enviada em: 24/07/2019

No livro "O Ateneu", do escritor brasileiro Raul Pompéia, o personagem principal - Sérgio - é um estudante de um colégio interno submetido a agressões pelo alunos mais velhos que, também, já foram agredidos. Apesar de se tratar de uma ficção, a obra parece refletir, em parte, a realidade do século XXI, uma vez que, na atualidade, é crescente o índice de violência nas escolas. Isso ocorre devido a muitos desafios a serem superados, entre eles, o bullying e a falta de políticas públicas eficazes de combate ao problema apresentado.  Em primeira análise, a prática de bullying nas escolas brasileiras é constante. Esse comportamento acarreta graves sequelas físicas e psicológicas, por exemplo, a depressão, a qual pode ser observada pelo isolamento do aluno. No entanto, essa observação pouco acontece, visto que muitos profissionais da educação, bem como pais, não estão capacitados para identificá-la. Pode-se comprovar isso por meio da ´serie norte-americana "Todo mundo odeia o Cris", na qual um adolescente é constantemente agredido no ambiente escolar, entretanto, nem os pais, nem mesmo os professores identificam que o personagem principal é a vítima. Desse modo, são necessários ações, ainda mais efetivas, que visem ao diagnóstico e à solução dessa problemática.  Em segunda análise, é válido ressaltar que as medidas governamentais são suficientes no âmbito escolar, o que dificulta o combate à violência por meio, principalmente, de uma maior assistência psicológica aos alunos. Exemplo disso, a tragédia ocorrida em Suzano, em março de 2019, em que dois ex-alunos de uma escola pública mataram a tiros vários estudantes e dois funcionários, em decorrência de terem sofrido bullying no colégio onde ocorreu o massacre. Esse fato revela a ineficiência das políticas públicas, uma vez que em muitas instituições de ensino, não há o cumprimento da lei que garante a atuação de psicólogos, assim como a não efetivação da lei anti-bullying.  Portanto, para vencer os desafios da violência nas escolas brasileiras é necessário a participação de toda sociedade. Para tanto, o Ministério da Educação deve, por meio de concurso público, contratar mais psicólogos para atuarem no combate à prática de bullying, promovendo assim a lei anti-bullying, e essa efetivação poderá ocorrer por intermédio e educadores, pais, alunos na promoção de projetos pedagógicos nas escolas (palestras, exibição de filmes, documentários, peças de teatro) a fim de encontrar formas de melhor solução para o problema. Com isso, atos violentos, nas instituições de ensino no Brasil, farão parte apenas de obras literárias.