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Enviada em: 29/07/2019

Código Penal, Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e Lei Antibullying, todos esses regulamentos asseguram o indivíduo do bullying. Todavia, apesar dos artifícios legais, o combate prático dessas atitudes violentas encontra entraves , principalmente, na mentalidade da sociedade brasileira. Por conseguinte, essa infeliz atitude é perpetuada- junto aos seus danos individuais e sociais.      Primeiramente, nota-se uma naturalização do bullying entre a população do Brasil. Como exortou a socióloga Hanna Arendt, um mal deveras repetido torna-se normal, o que ela chamou de banalidade do mal. No contexto do país, a agressão repetida e intencional , principalmente nas escolas, por ser recorrente, é vista como insignificante ou até mesmo como parte do processo de aprendizagem. Logo, com esse ideário apregoado, descarta-se o bullying como matéria de enfrentamento e ,consequentemente, vítimas e agressores são negligenciados.       Como consequência direta da indiferença da sociedade civil ante tal violência, as legislações brasileiras são infringidas: a Lei Antibullying, se a escola não possui efetivo programa de combate a violência; o ECA, na omissão das instituições sociais; e , em fim, o Código Penal ,com crimes como injúria e ameaça. Segundo o filósofo grego Sócrates, com o descumprimento das leis comuns a desordem reina como princípio. Embora separados por séculos,a realidade brasileira se enquadra na certeza do pensador. O bullying, descumprimento ético, colabora para o desenvolvimento da depressão, da evasão escolar e da perpetuação da violência- desordens emocionais, educacionais e sociais, respectivamente.          Portanto, a fim de que esse infeliz princípio seja impedido na sociedade brasileira, o Ministério da Educação deve promover propagandas, por meio de mídias eletrônicas, que apresentem as consequências do bullying, com histórias reais e comoventes - adicionando a lei infringida na situação. Assim, famílias e demais instituições sociais serão conscientizadas da necessidade de lutar contra tal agressão. Ademais, cabe às escolas criarem uma secretaria própria para o atendimento psicológico dos alunos, com o objetivo de tratar vítimas já existentes e impedir a formação de novos casos. Dessa forma, a nação deixará de propagar um mal banal, a violência, para empreender um futuro bem comum.