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Enviada em: 14/08/2019

Na metáfora “O mito da caverna” de Platão, admite-se o homem ignorante aquele que ao ver sombras disformes projetadas na parede entende-as como a representação do mundo real. De maneira análoga ao pensamento do filósofo, ignorantes, atualmente, são pessoas que lidam com o bullying como algo normal ou jocoso. Dessa forma, os indivíduos agressores tomam o seu campo de visão irregular como sendo o todo, negligenciando, então, as representações do preconceito vivido diariamente por jovens e adultos. Sobre tal ótica, faz-se mister o combate as práticas de ódio inerentes à sociedade brasileira.       A princípio, práticas de difamação eram comuns nos períodos precedidos do século XXI, porém, o bullying perdura e faz vítimas nos mais diversos cenários. Nesse hiato, vale recordar o ato de racismo em 2014 presenciado nos campos de futebol quando uma jovem, rudemente, chamou um dos jogadores de “macaco” devido a sua pele negra. Incontestavelmente, o fato vivenciado pelo atleta ainda é a realidade de muitos cidadãos do Brasil. Não obstante, elenca-se a isso o pensamento de Luther king o qual defende que tais injustiças, mesmo em lugares remotos e de pessoas sem fama, ameaçam a justiça de todos.       Hodiernamente, a mídia tem representado personagens que sofrem ou praticam ofensas declaradas como representação da atualidade. A exemplo disso, a série americana “Todo mundo odeia o Chris” mostra a vivência de um jovem negro que é afrontado por Caruso, seu oposto. Nos mangás, também, Chouji Akimichi, personagem ficcional de Masashi Kishimoto sofre humilhação por ser gordo. Dessa forma, analisa-se suas diferentes manifestações, todavia, na realidade, o bullying transcende os julgamentos, levando-os às agressões, baixa estima e eventos depressivos. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Oxford, 30% dos jovens com depressão foram vítimas desses discursos de ódio.       Destarte, torna-se necessário a adoção de medidas para sanar a recorrência de comportamentos preconceituosos no Brasil. Cabe, portanto, ao Ministério da Educação (MEC) em coalizão com a família e a escola levar o Conselho Tutelar, órgão responsável pelo bem estar dos adolescentes, para a vivência escolar dos alunos. Por meio, ainda, de projetos interdisciplinares, abordar questões intrínsecas ao bullying e encaminhar aqueles que sofrem com a depressão para unidades de acompanhamento psicológico. Assim, os jovens terão o ensianamento pedagógico sobre o tema, além da certeza de um aparato em caso de eventualidades.