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Enviada em: 15/08/2019

Com a pós-modernidade, as transformações na sociedade fizeram com que as relações sociais, agora marcadas pelo prezar individual, enfraquecessem, contribuindo, assim, na eferverscência de condutas que difundem o preconceito. Sob esse viés, o individualismo exacerbado e o pouco respeito à alteridade implicam com que práticas de exclusão e de não reconhecimento ao outro perpetuem na sociedade brasileira.   Primeiramente, é indubitável que a cultura egocêntrica esteja entre as causas do problema em análise. Isso pode ser fundamentado pelo filósofo Hegel, o qual afirma que a cultura impõe determinada visão de mundo, em que seus fins são impessoais e coletivos. Ao seguir essa linha de raciocínio, é notório que o apreço nasciso e individualista contemporâneo, está diretamente interligado com o crescimento dos casos de bullying no Brasil, o qual, segundo a UNICEF, é o quarto país que mais prática a questão no mundo. Em que, por virtude disso, o fortalecimento de pensamentos e ações que prezam pelo superioridade de um em prol do outro, quando postas em práticas de exclusão como agressões física e psicológicas, há a alimentação do ciclo de problemas de saúde, principalmente os de natureza psíquica, como ansiedade e depressão, além de distúrbios alimentares, como bulimia, anorexia e obesidade.   Análogo a isso, o antropólogo Clifford Geertz afirma que o se humano é um animal preso em teias que ele mesmo teceu, sendo a cultura parte delas. Em virtude disso, é possível entender que a relatividade da cultura de importância dos meios comunicativos e midiáticos é essencial na manutenção e amplificação do bullying em meio social. Isso, porque, o indivíduo está amarrado em teias do socialmente aceito, sejam eles comportamentais, da beleza e/ou do agir, que ele mesmo teceu, os quais são amplamente difundidos e afirmados pelos meios supracitados. De modo, que, tão intrínseco ao ser e ao seu modo de pensar, aqueles que divirjam, aprofundam e universaliza o desconforto da vivência consigo.   Torna-se claro, portanto, práticas que contornem a situação de bullying no Brasil. Para isso, a população em núcleo familiar, deve difundir a importância do respeito às diferenças, ensinando uma vivência coletiva respeitosa. Além disso, podem procurar valorizar o diálogo, para que haja uma maior facilitação na recorrência à ajuda caso algum membro seja vítima de agressão. Os meios de comunicação e entretenimento, através de propagandas, filmes e séries, devem abranger o entendimento de padrões flexibilizando, prezando pela diferença como socialmente aceita. O Ministério da Saúde deve trabalhar na ajuda às vítimas, e gratuitamente, ofereça centro de apoios, com psicólogos e psiquiatras, para que assim, o bullying seja diminuído, e por fim, erradicado.