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Enviada em: 16/08/2019

O número de casos de bullying tem crescido substancialmente no Brasil. De acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), um em cada dez alunos é vítima frequente desse tipo de intimidação, e isso é consequência da influência da vivência em grupo e da inoperância das instituições de ensino.        Em primeiro lugar, é notável a influência do comportamento da família e das demais pessoas com quem esses jovens convivem. De acordo com o sociólogo John Locke, em sua teoria da Tábula Rasa, o ser humano, ao nascer, constitui-se em uma folha em branco, ou seja, o aprendizado é constituído a partir da vivência em grupo e das informações obtidas ao longo de sua formação. Se o indivíduo está inserido em ambientes onde a prática da violência e da opressão é frequente, ele tende a repetir essas atitudes agressivas no ambiente escolar. Como consequência disso, pode-se obter o prejuízo no desempenho escolar das vítimas, além da ocorrência de traumas psicológicos, lesões físicas ou até mesmo a morte.        Além disso, de acordo com a USP - Universidade de São Paulo, a presença dos casos de bullyng nas escolas aumentou de 5% para 7%, o que pode ser consequência da atuação incorreta dos educadores e pedagogos na prevenção e solução dessas situações. Isso demonstra uma vulnerabilidade do sistema e permite que os agressores se sintam mais confiantes e certos da punição branda ou da impunição, instigando-os a permanecer com essas atitudes.        Portanto, diante da gravidade da problemática, ressalta-se a necessidade de intervenção em busca de reduzir a sua ocorrência. Cabe, então, ao Ministério da Educação promover a capacitação dos profissionais da área através da disponibilização de cursos online e palestras presenciais, para a melhor identificação e resolução do problema e diminuição da vulnerabilidade desse setor. Além disso, o Governo deve investir em campanhas, através dos meios de comunicação, que falem sobre como identificar essas agressões e também denunciá-las e que incentivem esses indivíduos a procurar a ajuda de profissionais especialistas como os psicopedagogos.