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Enviada em: 19/08/2019

É evidente que a prática do bullying não é uma temática recente. Em 1969 já se apresentava no contexto cinematográfico as consequências desse problema, através do filme britânico Kes, em que um adolescente de 15 anos, sofre diariamente todo o tipo de violência. No Brasil, a realidade não é diferente; porém, a verdadeira preocupação só chegou às instituições de ensino em 2016, ano em que a prevenção e o combate à prática tornou-se lei no país. Isso confirma que, diferentemente da situação inglesa, a luta aqui é recente e precisa ser valorizada, tanto no ambiente escolar quanto no familiar.   Em primeiro lugar, é necessário compreender a importância das escolas para o combate ao ato. Isso porque é por meio dela que a exposição dos atos será dada, assim como a importância do diálogo para auxiliar os jovens. Segundo o IBGE, em 2015 a maior incidência dos casos desse tipo de agressão ocorre nas escolas, tendo a aparência física como principal recorte. Isso é devido ao não comprometimento escolar em cumprir a lei do combate ao bullying, acarretando à falta de espaço para que o jovem sinta confiança em expor suas aflições; não obstante, também ressalta a importância de as instituições educacionais abordarem o assunto dentro e fora da escola, para que o jovem se sinta seguro perante aos outros alunos e até mesmo em relação aos professores.   Apesar da prática ser praticada, majoritariamente, no ambiente escolar, a família também possui grande importância para o combate desse ato. Para isso, porém, é necessário que haja atenção dos responsáveis sobre os jovens para a percepção dos sinais. De acordo com a pesquisa feita em 2017 pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, a má relação com os familiares é um dos fatores que afetam o comportamento das crianças e adolescentes dentro da sala de aula. Nesse sentido, uma vez que o espaço de acolhimento se vê corrompido, os problemas externos tendem a se agravar e, consequentemente, trazendo mais problemas para a pessoa que sofre com o bullying. Como no ambiente cinematográfico, por ter uma família e um ambiente familiar desequilibrado, Billy não possuía meios para expressar seus sentimentos sobre a escola e seus anseios em relação aos colegas.    Fica claro, portanto, que por essa ser uma prática recente no contexto brasileiro, necessita ser abordada para sua real erradicação. Sendo assim, deve-se abordar o tema nas escolas, por meio de aulas informativas, com a presença de um psicólogo, para que o jovem tenha segurança de expor seus sentimentos e apresentar seus anseios, uma vez que um profissional da área da saúde conseguirá direcioná-lo para um melhor tratamento. Além disso, deve-se levar a discussão do assunto para o ambiente familiar, através de orientações da própria escola, para que os responsáveis sejam alertados e possam compreender o que se passa com suas crianças.