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Enviada em: 21/08/2019

Em meados do século XVII, o filósofo inglês Thomas Hobbes escreveu um livro chamado "Leviatã" para defesa de um Estado Absolutista. A frase mais famosa do livro é: "O homem é o lobo do próprio homem". Percebe-se, com essa frase, que ele entende que a população precisa de um Estado soberano para que o povo não se deteriore. Paralelamente, quando se observa a crescente prática de bullying no Brasil, verifica-se que a frase escrita por Hobbes está, cada vez mais, presente na sociedade brasileira. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar o problema.      Em uma primeira abordagem, é perceptível que os pais e os professores estão, cada vez mais, ausentes no monitoramento das crianças e jovens que praticam bullying, tornando o ambiente escolar propicio a estas práticas. Ademais, o preconceito enraizado nos cidadãos brasileiros é, infelizmente, passado de geração para geração, contribuindo assim, para o agravamento do problema.    Em uma linguagem mais aprofundada, percebe-se que o Estado brasileiro não valoriza o especialista em educação, pois estas pessoas são mal remuneradas e precisam, para melhoria de vida, trabalharem em mais de uma instituição de ensino. Dessa maneira, fica evidente que, na maioria das vezes, os agressores não serão punidos e as vítimas não irão denunciar tais agressões.      Portanto, é mister que o Estado tome providências para mudar o quadro atual. Para o monitoramento das crianças e jovens que praticam bullying, urge que o Ministério da Educação e Cultura(MEC) aumente, por meio de verbas governamentais, os salários dos profissionais em educação orientando-os a punirem os agressores e, encaminharem as vítimas para um acompanhamento psicológico que recupere a saúde mental dessas pessoas. Somente assim, o Brasil não se enquadrará na frase escrita por Hobbes e a problemática da prática de bullying será solucionada.