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Enviada em: 24/08/2019

Massacres causados por escolas, suicídios em massa, altos índices de depressão entre jovens. Tais cenários, apesar de distintos entre si, muitas vezes são consequência do mesmo fator: o bullying. Dessa maneira, evidencia-se a urgência do combate à tal prática, sendo necessária a análise de sua ocorrência nos ambientes escolar e virtual.       Em primeiro lugar, nas escolas, muitos alunos praticam o bullying como forma de reprodução das violências vivenciadas por eles no cotidiano. Na série Sex Education, são retratados casos de bullying a um estudante e, ao longo da narrativa, mostra-se que seu agressor era vítima de duras repressões no ambiente doméstico. Para o sociólogo Paulo Freire, se a educação não for libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor. Assim, para interromper o ciclo de violência existente na sociedade, é necessária uma formação crítica e inclusiva nas escolas.       Sob outro viés, com o advento da tecnologia, foi facilitada a difusão de discurso de ódio, que passou a também ser feita pela internet. Recentemente, o jornal Estadão noticiou que uma blogueira, que já sofria de problemas psicológicos depressão e ansiedade, se matou após ser alvo de duras críticas em suas redes sociais. Tal situação evidencia que o cyber-bullying, apesar de não envolver contato físico, não deve ser banalizado, pois também configura uma violência à suas vítimas e pode causar danos irreparáveis.             Portanto, são necessárias medidas que efetivem o combate ao bullying no Brasil. O Ministério da Educação deve promover debates e palestras sobre o tema e seus malefícios aos envolvidos. Além disso, é necessário também estabelecer a presença de psicólogos em todas as redes de ensino, para que os alunos sejam acompanhados e, caso necessário, se faça o contato com os pais em caso de ambientes domésticos violentos. Já a mídia, em parceria com Ong's, deve divulgar campanhas publicitárias que alertem sobre os malefícios causados pelo cyber-bullying, para que tal ato não seja mais banalizado, tornando a sociedade menos violenta.