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Enviada em: 16/10/2019

O livro “Extraordinário” conta a história de Augusto, um menino que nasceu com uma síndrome genética e, devido a isso, possui uma severa deformidade facial. Ao entrar na escola ele enfrenta piadas, perguntas e olhares cruéis, sendo tratado como um monstro pela maioria dos outros alunos, exceto por seus dois amigos, os quais o ajudam a enfrentar todos os problemas. Analogamente, esse livro pode representar uma trágica chaga persistente no Brasil, a prática de bullying, prejudicando toda a sociedade.   Em primeiro lugar, é importante destacar o papel da escola na difusão desse tipo de violência. Isso porque com o objetivo de serem populares muitas pessoas praticam brincadeiras que disfarçam o objetivo de maltratar e de intimidar, as quais divertem apenas quem as pratica, tendo, portanto, reflexos devastadores para as vítimas, que são humilhadas e, por conseguinte, se isolam. Contudo, essas trágicas práticas não ficam restritas somente nas instituições escolares, com o avanço da tecnologia o cyberbullying cresce cada vez mais e, além disso, também é possível observá-lo dentro da própria família, como mostra o filme “Preciosa”, no qual uma menina sofre discriminações tanto em casa, quanto na rua, tendo como única saída desse mundo os seus sonhos, visto que os maus tratos a perseguem em todos os lugares, dificultando a solução desse problema.    No entanto, os agressores, muitas vezes, também são vítimas, os quais podem ter sofrido agressões físicas e psicológicas ou terem uma família conturbada, uma vez que, segundo John Locke, o ser humano é como uma tela em branco, a qual é preenchida por experiências. O que se pode observar com o ocorrido em uma escola do bairro de Realengo, quando um homem entrou armado e interrompeu a vida de vários adolescentes, motivado pelo bullying que sofreu. Isso prova que a violência pode afetar tragicamente o emocional dos indivíduos, causando doenças como a depressão ou, até mesmo, tornando-os pessoas protagonistas de cenas de terror.    Percebe-se, pois, que o bullying prejudica toda a sociedade, devido a isso, é necessária a união da população para enfrentá-lo. Dessa forma, o governo, por meio do Ministério da Educação e da Saúde, deveria criar projetos, como trabalhos em grupo e mais aulas de educação física, a fim de diminuir os preconceitos a partir da maior interação entre os alunos e mostrar as consequências da violência. Ademais, poderia garantir um maior apoio e luta para combater essa chaga, por meio da presença diária de psicólogos nas instituições, os quais mostrem para as pessoas que elas não estão sozinhas. Dessa forma, seria possível garantir que cada vez menos indivíduos sejam tratados como monstros e que tenham o apoio necessário para enfrentar essas situações, como o Augusto teve.