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Enviada em: 04/09/2019

Tyler, um personagem da série "13 Reasons Why" produzida pela Netflix, após sofrer repetitivas intimidações, tanto físicas e psicológicas, de seus colegas de classes, reage de forma extremamente agressiva contra esses. Fora da ficção, segundo pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o âmbito escolar brasileiro é 2 vezes mais propicio ao bullying em comparação a outros 47 países estudados. Dessa forma, torna-se essencial o debate acerca da temática nas instituições de ensino do país.      Em primeira análise, é importante salientar a importância das instituições de ensino na contenção dos atos de bullying no país, entretanto alguns desses estabelecem que os agentes para essa prevenção são apenas o Conselho Tutelar e a Policia Militar. Conforme pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC), 69,7% dos estudantes já presenciaram atos de violências físicas e psicológicas dentro da escola, todavia não se sentem confortáveis a dialogar sobre com um docente. Isso acontece pela ausência de uma relação de boa qualidade entre alunos e professores. Dessa maneira, ações de intimidações repetitivas entre colegas de classe se fazem cada vez mais presente no âmbito escolar.             Por conseguinte, estudantes vítimas de tais agressões podem estabelecer mudanças em seu comportamento tanto agressivas ou depressivas. Nesse Sentido, em 2017, no estado de Goiânia, um estudante de 14 anos disparou contra seus colegas de classes causando o assassinato de 2 desses. Isso teria acontecido, de acordo com os outros alunos de sua classe, pelo motivo de que o autor do crime sofria bullying no âmbito escolar, paralelamente como o ocorrido com o personagem supracitado. Sendo assim, é imprescindível que as instituições de ensino reparem os sinais de mudança de comportamento que seus alunos demonstram.     Portanto, para que se evite as ocorrências de bullying, nas escolas, é necessário que o Estado intervenha. Nesse Sentido, o MEC deve oferecer cursos, gratuitos, aos docentes, de identificação, resolução e prevenção dos atos de intimidações sistemáticas, por meio de diálogos entre professores de diferentes instituições, tanto particulares como públicas, sobre suas experiencias individuais em relação a temática e como ela é tratada em suas salas de aula, com a finalidade de que os docentes estabeleçam ações para esses atos de agressões sejam minimizados nas escolas bem como a melhoria na relação entre professores e alunos.