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Enviada em: 17/09/2019

Jean Jacques Rousseau, filósofo contratualista , defendeu a ideia de que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe. Apesar de ser um pensamento, por vezes criticado, ele persiste até os dias atuais devido aos muitos comportamentos negativos realizados pelo homem em sociedade, como as práticas de bullying. Desse modo, discutir sobre as consequências maléficas dessas condutas preconceituosas para vida tanto das vítimas quanto dos agressores é de extrema importância para combater esse terrível problema.   Em primeiro lugar, é relevante destacar o sofrimento vivenciado pelas vítimas. Elas são escolhidas por serem diferentes ou até por acaso. As causas podem ser aleatórias, porém os efeitos não. Muitos deles são carregados durante toda vida, como o sentimento de humilhação e inferioridade. Fato que é demonstrado pelo filme "Extraordinário", no qual exibe as dificuldades sofridas no processo de iniciação escolar de um menino que nasceu com uma deformidade facial. Felizmente o garoto consegue superar as adversidades e com amigos vive bons momentos. Contudo, esse final feliz, lamentavelmente, não ocorre com todas as vítimas.  Além disso, é necessário analisar a figura do agressor nesse cenário. Esse personagem passou por um processo de socialização, no qual aparentemente algo deu errado, visto que suas ações demonstram isso. Nesse sentido, é fundamental observar que programas de televisão, acesso à internet e até mesmo a própria convivência familiar podem ter gerado convicções erradas. Realidade que está associada à ideia do cientista Antoine Lavoisier "nada se cria, tudo se transforma", assim o agressor não nasce e sim se torna violento. Isso desencadeia efeitos ruins em sua própria vida uma vez que manter seu papel de forte e dominador acarreta inseguranças.   Urge, portanto, que ações sejam realizadas para reduzir o bullying na sociedade. Cabe à escola, em associação com o corpo docente, promover o olhar dos alunos sobre os resultados ruins dessa prática, por meio de debates e a exibição de obras cinematográficas na grade curricular. Nesse contexto, a exposição de filmes críticos, sua explicação e aplicação na realidade atual desencadearia na conscientização dos alunos sobre os problemas sociais em geral e na formação de adultos menos preconceituosos. Ademais, convém ao corpo escolar e a família ficarem atentados e saberem identificar as vítimas e agressores do bullying, como também evitar as influências negativas das redes de comunicação no processo de socialização das crianças. Dessa forma, a sociedade prove para Rousseau que corromper não é sua função.