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Enviada em: 21/09/2019

A Modernidade Líquida, teoria do filósofo Bauman, trata sobre a fragilidade das relações das atitudes humanas. O bullying no cenário brasileiro se mostra como uma fragilidade de pensamento humano, onde o agressor tem consciência do mal causado e que pode ser evitado, porém não atribui a ele o seu devido valor e exerce coerção psicológica sobre a vítima. Nesse contexto, torna-se necessário o debate acerca do combate ao bullyng no Brasil.       A princípio, é imperioso destacar que, em função do trauma emocional, os resultados vindouros são negativos. Por exemplo, cita-se o caso que ocorreu há oito anos em Realengo, Rio de Janeiro, no qual um jovem enfurecido invadiu uma escola e matou doze pessoas por vingança pessoal. Dessa maneira, é evidente que o bullying deixa marcas no psique da vítima, consequentemente pode se desenvolver sentimentos de vingança contra o agressor ou o suicídio como uma válvula de escape.       Outro ponto relevante, nessa temática, é a indiligência estatal na questão do suporte psicológico nas escolas. Consoante Amitai Etizioni, a escola tem papel fundamental no quesito na segunda socialização e educação do indivíduo. Todavia, é evidente que esse encargo não é realizado pelas escolas públicas do país, em virtude da deficiência de profissionais destinados ao suporte psicológico dos alunos, mas também da ausência de rodas de conversas. Desse modo, a negligência governamental em capacitar e destinar psicólogos às escolas auxilia na continuidade desse empecilho.       Portanto, é mister que o Estado tome medidas para amenizar o quadro atual. A princípio, é vital que a indústria cinematográfica através da propagação midiática de filmes e séries, dissemine temáticas que focalizem o bullying no ponto sobre a importância das vítimas procurarem ajuda e não tentarem resolver seus problemas de maneira incalculada, a fim de diminuir as consequências negativas desse crime. Ademais, para a implementação de profissionais destinados à cargos psicopedagógicos, urge que o Ministério da Educação crie, por meio de verbas estatais, programas educacionais para inserir psicólogos nas escolas públicas ou a capacitação dos professores. Somente assim, a teoria de  Bauman não será afirmada na nação brasileira.