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Enviada em: 09/10/2019

Sob o viés filosófico do alemão Jürgen Habermas, "a sociedade depende da crítica às suas próprias tradições". Diante disso, as agressões psicológicas ou físicas, denominadas recentemente de "bullying", se tornaram comuns na sociedade brasileira, em especial no ambiente escolar, onde a diversidade cultural e a necessidade de se conviver com o próximo diariamente são inevitáveis. Com isso, cabe uma intervenção efetiva do Estado em parceria com as instituições de ensino para solucionar esse problema social crônico.       Primeiramente, é importante destacar que o "bullying" é uma forma de agressão, e que pode ser manifestada de variadas formas, como violência física ou verbal. Tais agressões, que em sua maioria são recorrentes e repetidas, podem gerar quadros de depressão, isolamento social e tendencias suicidas nas vítimas. Conforme o pensamento da filósofa alemã Hannah Arendt, quando atitude agressiva ocorre constantemente, as pessoas param de vê-la como errada. Por isso, cabe às instituições de ensino repreender os agentes do "bullying" de maneira eficaz e remediadora, pois a agressão de qualquer estirpe não deve ser tolerada, ainda mais em ambiente de ensino, como escolas e faculdades, que devem prezar pelo convívio e troca de conhecimentos.       Além disso, tais agressões podem desenvolver instintos de vingança, em que a vítima de "bullying" sente a necessidade de retaliar seus agressores de maneira desproporcional, em algumas particularidades, a fim de cessar seu sofrimento, como foi o caso em Suzano, na Grande São Paulo, onde dois jovens invadiram uma escola estadual armados e mataram dez alunos. Logo, recorre-se ao pensamento filosófico do alemão Immanuel Kant, em que "o homem é aquilo que a educação faz dele". Analogamente, é necessário que as famílias e as escolas, provedoras da educação do indivíduo, promovam o bom convívio social dos estudantes nos ambientes escolares, bem como reunião periódica de pais e mestres, com o propósito de inibir essa chaga social.       Portanto, para que o combate ao "bullying" no Brasil seja vencido, urge que o Ministério da Educação crie, por meio de verbas governamentais, campanhas publicitárias que demonstrem as consequências negativas do "bullying", com o intuito de exemplificar e conscientizar os estudantes e as famílias sobre o tema. Ademais, que as instituições de ensino, em parceria com o Ministério da Saúde, ofereçam psicólogos capacitados, com a intenção de atender e acompanhar os alunos agredidos e os agressores, para que haja harmonia no ambiente escolar. Nessa perspectiva, o assunto "bullying" será extinto e a população brasileira obterá mais dignidade.