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Enviada em: 16/10/2019

Desde o Brasil colonial, a rejeição ao diferente era grande, tendo em vista que ainda naquela época, os nobres escolhiam as roupas dos escravos, evidenciando-se uma cultura de preconceito. No entanto, séculos depois, observa-se ainda um comportamento similar, na qual a sociedade julga as pessoas que são diferentes da maioria, seja pelo modo de se vestir, pela aparência ou pelos hábitos cotidianos. Nesse contexto, fica evidente que grande parcela da população ainda enfrenta dificuldades para aceitar o que é diferente, resultando em piadas ofensivas, tratamento de forma ríspida e até mesmo a violência física ou verbal, na qual sua maioria acontece em âmbito escolar, gerando um problema social, conhecido como bullying, o qual é ainda agravado pelas ineficazes leis brasileiras.   Em primeiro lugar, vale salientar que este comportamento é algo cultural no país, pois, o Brasil foi sendo construído em uma sociedade preconceituosa, com mais de 300 anos de escravidão, com uma cultura machista, ocasionando, desta forma, uma população extremamente conservadora e muitas vezes incapaz de respeitar ao próximo. Nesse contexto, é importante ressaltar que pelo fato cultural, diversas pessoas atualmente sofrem com bullying, como releva pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na qual mostra que para 18,6% dos pesquisados, o bullying ocorreu devido a aparência do corpo e 6,8% para casos envolvendo raça ou cor, ficando ,desta maneira, evidente o grande problema social que assola o Brasil.   Em segundo lugar, faz-se necessário explicitar a demora do governo a tomar atitudes, pois apenas em 2016, foi aprovada a lei que obriga escolas e clubes a combaterem o bullying. No entanto, tal medida foi ineficaz e sem fiscalização,pois, o bullying continua presente nas escolas, como mostra pesquisa feita pelo IBGE, na qual revela que quase a metade dos alunos entrevistados na pesquisa (46,6%) já sofreram bullying em 2016, tornando-se explícito a falta de eficácia das leis, necessitando, desta maneira, de novas medidas para diminuir os altos índices.   Portanto, é de extrema importância que o Governo, junto ao Ministério da Educação tomem medidas, por exemplo, a implementação de palestras em sala de aula, as quais devem ser ministradas por professores, psicólogos, assistentes sociais e médicos, orientando os alunos a interagirem entre si de forma respeitosa e mostrando as consequências que o bullying pode causar na vida da pessoa. Além disso, outra medida seria por parte do Ministério da Justiça e Segurança Pública, como, o aumento de fiscalização das leis, por meio de cursos para capacitar os professores, para que os mesmos possam fiscalizar os alunos nas escolas e tomar as medidas adequadas, além de implementar ações para prevenção, fazendo, deste modo, uma diminuição nos casos de bullying.