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Enviada em: 15/05/2019

Compreendidos como seres vivos que vivem soltos na natureza, sem receber intervenção humana, os animais silvestres são, atualmente, vítimas de uma intensa comercialização ilegal. O tráfico dos animais ocorre em diversos países do globo, em especial no Brasil, cuja diversidade da fauna, sobretudo nas regiões norte e centro-oeste, é imensa. Essa prática, além de ser uma das principais esvaziadoras das florestas, é, segundo à Constituição brasileira, proibida. Dessa forma, a omissão dos órgãos competentes frente ao tema torna-se inviável.   De acordo com o relatório da Polícia Federal, cerca de 38 bilhões de animais são retirados, por ano, da natureza brasileira. Esse número expressivo deve-se à elevada procura das espécies silvestres, principalmente aves, no mercado interno (eixo Rio-São Paulo) e externo e ao relativo lucro financeiro que o tráfico dos animais proporciona aos contrabandistas. Colecionadores, amantes, especialmente, das espécimes ameaçadas de extinção; donos de "petshops'' em consonância com os seus clientes; pesquisadores bioterápicos e empreendedores de subprodutos animais, como couro, são os principais financiadores dessa prática clandestina, que devido a conjuntura exposta, tornou-se a terceira mais realizada no mundo.     Além disso, a má fiscalização quanto à ocorrência do crime e a punição ineficiente aos idealizadores do tráfico são ações que potencializam a permanência do comércio ilegal, e, logo, o desequilíbrio ecológico. Já que, o número de animais silvestres retirados dos seus habitats é bastante significativo, alterando, desta maneira, a cadeia alimentar do meio ambiente de origem e o comportamento desses animais. Como é evidenciando no filme "Rio", no qual a arará-azul Blu não sabe voar, pois quando filhote foi capturado por traficantes e levado para longe da sua morada, tendo contato, majoritariamente, com humanos. Vale ainda ressaltar que, muitos desses animais ao serem afastados de seus ecossistemas naturais para a comercialização sofrem maus-tratos, como mutilação e dopagem, não resistindo às condições impostas.    Em vista disso, cabe aos órgãos competentes veicular nos meios de comunicação, propagandas que visem alertar os cidadãos sobre a existência e os perigos do comércio ilegal, estimulando-os a realizar denúncias. Compete também ao governo, adotar medidas mais rígidas na punição dos contrabandistas e dos financiadores do crime, estipulando, além de multa alta, um tempo considerável encarcerado. Quanto ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e à Policia Militar ambiental concerne fiscalizar, de maneira efetiva, por meio de inspeções constantes às áreas exploradas pelos contrabandistas e aos locais de venda de animais.