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Enviada em: 13/08/2018

No filme “Rio”, Blu é uma arara azul, que foi vítima de contrabando e se tornou o último macho da espécie. Fora da teledramaturgia, o tráfico de animais silvestres ocorre em grande escala no Brasil. Dentro dessa lógica, há dois fatores inegligenciáveis, como as consequência para o meio ambiente e a cultura que banaliza esse crime. Assim, é inquestionável a necessidade de discussão e reflexão entre os setores governamentais e a sociedade para combater esse problema .                         Primeiramente, todos os animais silvestres são protegidos pela Lei de Proteção à Fauna.Entretanto,essa não é respeitada,uma vez que o tráfico de animais é o terceiro maior comércio ilegal do mundo,e apenas no Brasil são retiradas,anualmente,38 milhões de espécies, segundo o jornal O Globo. Tal dado alarmante é para atender as demandas do mercado consumidor, pois mesmo havendo lojas e criadouros,a população opta pela ilegalidade, por ser mais barato e por desconhecer que ao comprar se torna cúmplice de um mercado desonesto. Por isso, deve se concordar com o filósofo Maquiavel," Até as leis mais bem ordenadas se tornam impotente diante dos costumes”. Sem dúvidas, enquanto a sociedade banalizar a domesticação de animais selvagens o crime será legitimado.                                                                                                                                                         Ademais, o tráfico trás serias consequências ao ecossistema,já que afeta a cadeia alimentar e pode causar a extinção, além de afetar o nicho ecológico e causar lesões físicas e psicológicas no animal durante o trajeto até o destino final. Nesse contexto, as principal rota brasileira é do nordeste para o sudeste, sendo as populações ribeirinhas quem captura e entrega para os traficantes.                                Diante desses impasses,necessita-se,urgentemente,que o Tribunal de Contas da União direcione capital que, por intermédio do IBAMA e da polícia rodoviária, será revestido em ampliação da fiscalização, através de pontos de monitoramento dentro das matas e mais policiamento nas rotas nodeste-sudeste,com o intuito de mitigar esse crime cruel.Paralelamente,empresas -modelo em responsabilidade social- podem promover projetos ecológicos com ribeirinhos e colocar nas embalagens dos produtos um alerta para não comprar  animais silvestres, com o fito de contribuir para a renda dos nativos e alertar diversos públicos que irão ler a embalagem dos produtos . Só assim, o Brasil continuará a ser campeão mundial em biodiversidade.