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Enviada em: 26/10/2018

No Egito Antigo, os animais eram frequentemente admirados e representavam deuses, como Anúbis, deus da morte que possuía cabeça de cachorro. Contudo, séculos mais tarde, muitos animais silvestres  no Brasil são drasticamente desrespeitados pelo comércio ilegal. Isso se deve tanto pela perversa lógica capitalista vigente, como pela ignorância do ser humano.        A priori, é válido destacar a dinâmica monopolista que atinge o cerne desse contexto. Segundo o sociólogo Karl Marx, a produção adquire tal status econômico que é fetichizada. Isto é, a mercadoria passa a ser objeto de tamanho desejo que ocorre uma inversão, onde tornamo-nos sujeito-objeto desse vínculo. Nesse sentido, objetos, pessoas, animais são reduzidos a coisas e a um caráter pautado no lucro. Logo, milhares de animais são submetidos a condições insalubres, como transporte precário,  além de serem sedados, em prol de fortunas ilícitas.       Ademais, a própria natureza vil do homem culmina no tráfico de animais. Sob a ética platônica, o ser hodierno de bem é aquele que abraça as virtudes e despreza as paixões e prazeres pessoais. Entretanto, o cidadão vai contra esse pensamento ao contrabandear e vender animais silvestres. Consequentemente, esse ato a longo prazo acarreta na extinção de espécies, bem como reduz severamente a biodiversidade local ao afetar o equilíbrio ecológico e a cadeia alimentar desses seres.       Infere-se, portanto, que é imprescindível o combate ao comércio indevido de animais silvestres em questão no Brasil. Por isso, é fundamental que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) fiscalize por meio de tecnologias e efetue táticas de segurança para proteger as espécies em extinção. Além disso, a mídia com seu alcance propagandístico pode por intermédio de campanhas informar e alertar os cidadãos acerca dos perigos da biopirataria a fim de mitigar isso. Já o governo pode investir na construção de Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) com o intuito de apoiar o resgate e auxílio de animais contrabandeados ilegalmente. Só assim, pode verificar-se uma sociedade mais responsável e justa no que tange aos direitos dos animais.