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Enviada em: 28/10/2018

No século XVI, com a chegada dos colonizadores europeus no Brasil, iniciou-se uma exploração hostil da fauna e flora que até então eram utilizadas como meio de subsistência pelos nativos. Desde então, os animais silvestres são utilizados como uma forma de obtenção de dinheiro, por intermédio do comércio ilegal, ainda que esse ato seja considerado crime pela Carta Magna. Dessa forma, é necessário combater essa prática, uma vez que a falta de coesão social e o hábito de comprar produtos fabricados com esses bichos estão relacionados com a problemática.     Em primeira análise, destaca-se que segundo o pensamento aristotélico de que o Estado deve responder aos anseios da população, a dispersão ideológica dos cidadãos contribui para a manutenção do estado de negligência governamental acerca do tráfico de animais. Nesse viés, o pequeno contingente populacional que está preocupado com os impactos negativos que esse crime gera, como o impacto direto no equilíbrio dos ecossistemas, não possui força suficiente para forçar os governantes a adotarem medidas mais eficientes para resolver esse impasse, como disponibilizar mais recursos para os órgãos responsáveis. Portanto, conforme afirma Albert Einstein que apenas ações diferentes geram resultados distintos, uma mudança na postura da população geraria resultados positivos.     Ademais, ressalta-se a contribuição das pessoas que compram produtos fabricados com matéria-prima oriunda do mercado ilegal da fauna silvestre — como bolsas e tapetes — para a sustentação desse tipo de comércio. Isso, consoante com ideal marxista de que o prazer obtido com o consumo ofusca o intendimento acerca dos precedentes ao ato da compra, ocorre pois uma grande parcela da sociedade brasileira é controlada pelo sistema capitalista e para satisfazer o desejo de obtenção de uma mercadoria é capaz de ignorar práticas criminosas que estejam envolvidas no processo. Logo, é evidente que esse comportamento enaltece necessidades subjetivas e é benéfico aos traficantes.     Urge, portanto, que ações sejam realizadas para solver a problemática. Mormente, cabe ao quarto poder, grande influenciador de tendências comportamentais, incentivar a população a se unir no combate ao tráfico ilegal de animais, por meio de uma divulgação mais ampla do assunto com ênfase na importância da convergência ideológica para forçar os governantes a agir mais eficientemente. Desse modo, o objetivo é impedir que falta de coesão social contribua para manter esse cenário. Concomitantemente, os veículos de comunicação em massa também devem desestimular o consumo ilegal, por intermédio da exposição rotineira de estudos que comprovem a importância que a compra de produtos oriundos da fauna selvagem tem para os traficantes. Assim, será possível combater esse mercado e coibir essa atitude em desacordo com a Constituição Cidadã.