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Enviada em: 20/06/2019

Tigres, rinocerontes, araras: antigamente eram livres na natureza, hoje são vítimas do comércio ilegal de animais selvagens. Com efeito, além de ser uma violência gratuita, esse tráfico criminoso desequilibra a cadeia alimentar de vários ecossistemas e também engrossa a lista de espécies ameaçadas de extinção. Desse modo, deve ser combatido, punindo-se, dentro de uma rigorosa legislação, tanto quem vende quanto quem compra.       Em primeiro lugar, se existe a negociação desses seres vivos, é porquê há um antigo mercado consumidor. De fato, o consumo de partes dos animais, como as peles, existe desde que os homens eram autóctones. No entanto, usava-se naquela época por necessidade e não por fetiches excêntricos ou crendices. Na China hodierna, por exemplo, acredita-se adquirir a essência do tigre ao ingerir vinho do felino osso.       Por outro lado, se há mercado consumidor, haverá também quem lucre com a transação ilegal. De fato, a Costa do Marfim caçou tanto elefante que quase extinguiu sua produção de marfim. Noutro giro, há quem transporte os animais ilegais, de forma peculiarmente cruel, em minúsculas caixas sem comida, ventilação ou água, o que, de acordo com a WWF, mata 90% dos animais. Mais: o vinho do tigre selvagem custa mais caro no mercado negro que do aqueloutro de cativeiro, posto que este perderia o espírito selvagem atrás das grades. Obviamente, a despesa é alta, mas a caça, o transporte e a negociação são bem remuneradas pelo consumidor.       Portanto, é preciso que se proteja os animais selvagens com a mesma diligência do protetor São Francisco de Assis. Nesse caso, é necessário que a Organização das Nações Unidas lance uma campanha internacional, em Assembleia Geral, com a finalidade de conscientizar Chefes de Estados sobre a importância de se combater o tráfico ilegal de animais selvagens. Assim, esses líderes poderão conscientizar a população de seus países, por meio da educação ambiental em escolas, e, da mesma forma, poderão aprovar severas legislações contra aquelas pessoas que se beneficiem da atividade ilegal. Dessa forma, os animais deixarão de ser vítimas.