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Enviada em: 11/07/2019

A literatura machadiana caracteriza o homem como um ser corrompido e com ausência de princípios. Não obstante, a caça e o comércio ilegal confirma a, supracitada, tese na medida que o homem não respeita o equilíbrio ambiental bem como não tem ética para exercer as leis. O poder público segue em repouso e deixa inerte a problemática cruel da caça.       Primeiramente, é indubitável que a ausência de uma espécie em um ecossistema muda todo o equilíbrio ecológico, uma vez que uma espécie depende da outra para sobreviver. Embora existam leis que proíbam a caça, como a Lei n° 5.197, a população teve ter ética para cumpri-la. Aliado a isso, o pensamento aristotélico de que para tornar-se ético o homem precisa ser responsável pelos próprios atos e dos demais é unilateral quando o ser humano que pratica a caça é totalmente incapaz de cumprir a lei, pois não possui o mínimo de ética e respeito com a natureza.       Nesse contexto, o poder público é negligente no momento em que apenas disponibiliza as leis que proíbem a caça mas não efetiva nenhuma medida fiscalizatória para o comércio ilegal. Por esse motivo, quando há uma fiscalização o Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, apreende muitas infrações de uma vez  como no caso no sudoeste da Bahia, em que, de acordo com o site G1, o Ibama apreendeu 97 pássaros silvestres, 15 espingardas de caça e uma pata de veado mateiro, o que afirma a negligência do poder público em sanar tal problemática.       Portanto, medidas governamentais devem ser efetivadas. A campanha "Fiscaliza Brasil" deveria funcionar de modo prático, em que o poder público juntamente com o Ministério do Meio Ambiente realizariam operações por todo o país para verificar os comércios ilegais. A priori, essa campanha deverá atingir os estados com grande número de denúncias. Por isso, o Ministério da Comunicação poderia criar um aplicativo com o nome da campanha para que a população denuncie os comércios ilegais para que o poder público possa garantir o cumprimento das leis.