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Enviada em: 21/08/2019

O sociólogo Durkheim postulou o termo "anomia social " para se referir ao estado de caos na sociedade, o qual se aplica a questão do comércio ilegal de animais silvestres. Nesse sentido, é importante ressaltar que o déficit nas ações do poder judiciário corrobora para o aumento desse tipo de crime. Ademais, a fiscalização defasada das áreas nas quais encontram-se esses bichos e das rodovias e empresas de transporte auxiliam na não diminuição do tráfico biológico. Por isso, é imprescindível medidas para reverter essa situação.    Nesse viés, segundo dados do Portal G1, o comércio irregular de animais silvestres gera lucro de 39 bilhões de reais por ano. Não raro, o Brasil é um dos países que mais exporta animal ilegalmente, tanto para o exterior quanto para o interior da nação -na maioria dos casos apenas com o objetivo de criá-los como pets-. Tal constatação mostra o quão vantajoso é esse tipo de atividade para os criminosos, principalmente a venda de aves. Haja visto, é preciso que o Ministério da Justiça (MJ), tome medidas punitivas mais severas para essas operações. Porque atualmente a lei brasileira condena esses criminosos a pagamento de certa quantia em dinheiro - a qual nunca é paga- e prestação de serviços comunitários, além de doação de cestas básicas. Desse modo, com punições brandas há cada vez mais o recrudescimento dessa mazela socioambiental.   Nesse contexto, outro entrave para o combate a esse ramo ilegal é a facilidade de transporte desses animais. Como exibido em reportagem no Fantástico em 2017, que acompanhou policiais na averiguação de denúncias e constatou-se que esses bichos são enviados para outras cidades brasileiras e até países - sendo Japão e Estados Unidos maiores compradores- por intermédio de empresas como: Correios e de aviação. Percebe-se que nesses deslocamento os animais são enviados em caixas, onde permanecem vários dias sem água e alimentação. Dessa maneira, é primordial ações de monitoramento mais eficazes nas regiões florestais, nas rodovias e aeroportos. Para gradualmente ceifar essa cruel atividade.   Portanto, faz se necessário que o Estado atue por meio do Congresso Nacional e MJ ao promover políticas repreensivas mais severas, como condenações legítimas, que impeçam esse tipo de comércio. Além do confisco dos bens dos criminosos e aplicação da renda desses para fomento de projetos - aliado ao MEC- de soltura responsável. Ademais, o MEC pode atuar ao estimular nas Universidades pesquisas que aprimorem o monitoramento tecnológico das áreas ambientais, aeroportos e correios. Somado a isso, deve haver nas escolas palestras e discussões com os alunos a respeito da criação de animais silvestres. Assim, paulatinamente, conseguir-se-à combater esse problema ambiental.