Materiais:
Enviada em: 27/04/2017

O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em biodiversidade, segundo relatório da Organização das Nações Unidas. A extensão territorial, o clima tropical, a topologia e a hidrologia favorecem a diversidade de espécies existentes no território brasileiro. No entanto, o país não tem combatido o comércio ilegal de animais silvestres como deveria.    O órgão responsável pela fiscalização das florestas é o IBAMA, o qual atualmente conta com orçamento reduzido e número de fiscais insuficiente. O trabalho de repressão realizado é perigoso, pois os agentes fiscais, muitas vezes, entram em confronto armado com os criminosos. Além disso, os fiscais frequentemente não contam com apoio da Polícia Federal, o que dificulta o trabalho de repressão ao crime de comércio ilegal de animais silvestres.    Ademais, a falta de consciência dos compradores de animais silvestres alimenta o sistema criminoso. Algumas espécies ameaçadas de extinção, como a arara-azul, chegam a ser comercializadas por valores exorbitantes, o que estimula a conduta criminosa dos vendedores destes animais.  A despeito da pressão internacional e da ação de Organizações Não Governamentais (ONGs), como o Greenpeace, a repressão ao tráfico de animais no Brasil é insuficiente, conforme estatísticas de organismos ambientais internacionais, demonstrando a ameaça a que várias espécies nativas estão sujeitas. A legislação penal, por seu turno, contribui para o agravamento da situação, porque não pune exemplarmente os contraventores.    A biodiversidade, portanto, está ameaçada em razão da inércia das autoridades e da população. Para reverter este quadro, sugere-se a mudança na lei penal, capitaneada pelo Ministério da Justiça, tornando o comércio ilegal de animais silvestres crime hediondo, insuscetível de liberdade provisória.Campanhas de conscientização realizadas nas escolas ,com o apoio de ONGs, contribuirão para formar o futuro cidadão consciente da perniciosidade do tráfico ilícito de animais.