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Enviada em: 02/05/2017

ANIMAIS SILVESTRES: O RISCO DO SILÊNCIO "Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante" (Albert Schweitzer). O comércio ilegal de animais silvestres é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas. Além de ameaça constante a fauna brasileira, o que fazer com os animais apreendidos para que eles possam voltar ao habitat natural sem riscos é o grande desafio ecológico.   Os animais são traficados para "pet shops" e estima-se, segundo pesquisas realizadas por ONGs, que o mercado comercializa mais de 38 milhões de espécies e movimenta mais de 2 bilhões de dólares anuais. Por apresentar um número expressivo de animais, a ausência de conhecimento sobre todas as espécies é evidente, o que dificulta ainda mais o retorno desses bichos ao meio ambiente. Com isso, quando capturados pelo IBAMA, geram um alto custo, tanto no transporte quanto nas pesquisas.   Embora pesquisas para reconhecimento do DNA mitocondrial afim de descobrir a origem desses animais sejam realizadas pelas faculdades brasileiras, o risco de extinção ocorre, visto que o governo brasileiro prefere utilizar os recursos disponíveis apenas para as espécies que apresentam risco de desaparecimento. Dessa forma, aquelas espécies, em sua maioria aves, que não apresentam tal risco, devem ser mortas. Ainda que existam canais de denúncia a tais atos, como o 0800, o índice efetivo de espécies acolhidas, não ultrapassa a casa dos 10%.    Diante dos fatos apresentados, é notório que falta leis severas de punição aos comercializadores de tais animais. Políticas públicas de conscientização para à população nas regiões de maior incidência podem ser uma alternativa para que as denúncias a esses infratores do Meio Ambiente seja mais efetiva. Além disso, as pesquisas que são desenvolvidas nesse campo podem ser agilizadas com recursos de empresas privadas. Desse modo, a fauna brasileira voltaria a respirar.