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Enviada em: 23/05/2017

Extinção às gaiolas  A exploração descontrolada no Brasil foi introduzida no Imperialismo do século XVI, período colonial no qual houve imensurável desmatamento de Pau Brasil para exportação. O problema, entretanto, propagou-se através do ciclo da borracha na Amazônia, ciclo do ouro em Minas Gerais e ciclo do café em São Paulo no século XXI. Infelizmente, tal impasse ainda persiste na sociedade, em especial com o tráfico de animais silvestres em todas as matas brasileiras, contribuindo para extinção de espécies e desequilíbrio ambiental.   De acordo com os fundamentos da Ecologia, cada animal é adaptado ao seu nicho ecológico, isto é, tem um local fixo para habitar. No entanto, alguns indivíduos insistem em praticar a exploração e venda de animais silvestres. Desse modo, é notório o desequilíbrio causado por esse comércio ilegal. Retirar um animal de seu habitat altera todo o ecossistema local, impedindo a continuidade da cadeia alimentar, consequentemente, menor número de espécies para reprodução e, por fim, a extinção. A biodiversidade não pode ficar à mercê do crime.   Nesse cenário, uma pesquisa feita pelo IBAMA (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) relata a morte de cerca de 90% das espécies retiradas da mata, seja no transporte até o comprador ou na má adaptação ao novo ambiente artificial. Conclui-se, portanto, que essa hostilidade à natureza deve erradicar-se. À luz de Aristóteles, filósofo da Grécia Antiga, por meio da justiça o equilíbrio deve ser alcançado. Sendo assim, o Estado Brasileiro deve rever a eficácia das leis existentes para preservação do ambiente, além de trabalhar a conscientização acerca de um tema tão importante.  Destarte, é imperativo medidas para solucionar o impasse supracitado. Logo, o Estado, cumprindo sua função de proteção à vida, deve adicionar uma emenda constitucional à lei n. 5197 que torna o comércio de animais silvestres ilegal, tornando-a mais severa, como aumento no tempo de reclusão, além disso, durante este período deve fornecer apoio psicológico para que o indivíduo ao ser reinserido à sociedade não volte a praticar crimes contra a natureza, conscientizando-o da importância para manutenção da vida. Por se tratar de um problema já enraizado na cultura do país desde a época colonial, cabe à escola e à mídia em associação, com auxilio de verba de impostos da Receita Federal, incentivar a denúncia deste crime através de propagandas e atividades coletivas, contribuindo para reduzir o número de comerciantes ilegais ativos, além disso, cabe à ambas utilizarem de seu papel de formadoras de opinião para abordarem o tema e conscientizarem a população dos riscos que trazem essa atividade, já que, o cidadão é aquilo que a educação faz dele, segundo o filósofo Immanuel Kant.