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Enviada em: 07/07/2017

O território brasileiro desde sua colonização pelos portugueses no fim do século XV até os dias vigentes vem sendo alvo de inúmeras explorações na sua flora e principalmente na fauna. Não há dúvidas que o comércio ilegal de animais silvestres movimenta anualmente altas quantias, segundo a Polícia Federal, a atividade fica atrás apenas para o tráfico de drogas e armas.     Em uma primeira análise, segundo a lei Nº 5.197, os animais silvestres são de propriedade estatal, sua caça e comercialização é proibida. Lamentavelmente, isso ainda ocorre a passos largos, há uma grande morosidade na fiscalização e falta de punições mais eficazes, visto que, os presos em flagrante saem facilmente com fianças e respondem o processo livres. Além disso, esses traficantes aliciam populações ribeirinhas, em alto grau de pobreza, usam assim os conhecimentos empíricos desses para facilitar a captura das espécies procuradas.    Outro aspecto a ser a bordado é o alto desequilíbrio ecológico e as péssimas condições de transporte as quais os animais são sujeitos. De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), 90% do saldo traficado morre, uma vez que são tirados do seu habitat e transportados de maneira degradante em malas, tubos de PVC e meias de Nylon, bem como sedados para evitar alarde das autoridades. Ademais, os compradores não se importam com os fatos e alimentam esse mercado cruel objetivando a criação doméstica de espécies silvestres.    Logo, em virtude dos fatos supracitados, é de suma importância a fiscalização pela Polícia Rodoviária Federal nas principais rodovias, especialmente as do Nordeste e Sudeste do país, que são rotas do tráfego. Além da difusão midiática pautada na necessidade de conscientização e na denúncia através da “Linha Verde do IBAMA”, pois muitas pessoas sequer conhecem-na e por este fato não se manifestam e contribuem indiretamente para o sucesso desse comércio cruel e ilegal.