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Enviada em: 01/06/2017

O combate como medida de preservação          ''Gigante pela própria natureza''. Tal trecho do hino nacional do Brasil proclama à respeito da grande diversidade de fauna e flora do país. Entretanto, interesses econômicos nem sempre levam em consideração a preservação ambiental, colocando em risco a integridade física das florestas por meio da caça e tráfico ilícito de espécies nativas. Nessa perspectiva, é pertinente discutir o que o Estado e a sociedade civil tem feito para combater o comércio ilegal de animais silvestres       Convém pontuar, a princípio, que o combate ao comércio ilegal de animais silvestres desempenhado pelas autoridades do governo brasileiro é insuficiente. Isso acontece porque as sanções são frágeis e ineficientes, uma vez que o lucro advindo desse tráfico ée mais que suficiente para pagar a fiança desse crime. Inclusive, segundo o IBAMA o índice de reincidência desses crimes é cerca de dois terços. Com isso, percebe-se que as atuais sanções reprovativas do Estado apenas consegue atribuir responsabilidade a esses indivíduos, porém não são capazes de evitar novos crimes contra os animais silvestres.          Cabe avaliar que a persistência do comércio ilegal de animais silvestres acarreta prejuízos incalculáveis a todo o ecossistema. Isso se dá porque ao retirar uma espécie do seu hábitat se compromete todo o nincho ecológico. E isso é potencializado com a caça predatória dos animais silvestres que posteriormente são destinados ao comércio ilegal nacional e internacional. Tal fenômeno é acentuado pela extensa fronteira do Brasil que não é monitorada adequadamente, facilitando o tráfico de animais. Além disso, tal comércio só continua porque há empresas e cidadãos que financiam de modos ilícitos a compra e venda de animais silvestres, logo são sua responsabilidade se equipara a de traficantes.             Torna-se evidente, portanto, que a sociedade civil e o Estado deve se unir permanentemente na luta contra o comércio ilegal de animais. Para isso, é necessário que o povo exija do poder executivo novas leis que reconfigurem esse crime como inafiançável e com medidas socioeducativas mais exigentes. Como também, o Governo Federal ampliar a atuação da Polícia Federal na fiscalização e apreensão dos animais em cativeiro, além de adquirir equipamentos tecnológicos para mapear e monitorar as fronteiras. E sobretudo, o MEC criar novas plataformas digitais com viés de denúncia desses crimes e que haja espaço para informar a população sobre a necessidade de preservação não só dos animais silvestre mas de toda a biodiversidade.