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Enviada em: 11/07/2017

Só há oferta pra quem procura    A cada final de ano, zoólogos e ecólogos de diferentes organizações divulgam uma lista cada vez maior de espécies em risco de extinção iminente. O comércio ilegal de animais silvestres é um dos grandes contribuintes para o aumento dessa lista sendo, assim, a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro sujo ao redor do mundo, inclusive, no Brasil, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Logo, deve-se analisar o que fomenta essa atividade e visar formas de combatê-la.    Segundo a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais - Rencta - estima-se que o tráfico de espécies movimenta, mundialmente, cerca de pelo menos dez bilhões de dólares por ano, Só o Brasil, um dos principais alvos dos traficantes devido sua grande diversidade de peixes, aves, insetos, mamíferos, entre outros, movimenta aproximadamente quinze por cento desse total. Ou seja, juntos, brasileiros que compactuam com esse tipo de comércio ilícito rendem cerca de um bilhão e meio de dólares ao ano.     Nesse contexto, vê-se que esse tipo de tráfico só é uma ação lucrativa porque há quem o mantenha. Falta senso de responsabilidade ambiental por parte de pessoas que compram animais silvestres. Essas são, portanto, as grandes causadoras do sucesso de mercados cruéis, como esse, que captura animais, por vezes, indefesos, os transportam sem nenhum cuidado ou conforto e, se esses sobrevivem à viagem, são vendidos a alguém que, na maioria das vezes, só quer se satisfazer pessoalmente aumentando a sua coleção ou acha, ainda, que está fazendo uma bem ao animal.    Por isso tudo, faz-se necessário que organizações como o Greenpeace promovam campanhas, por meio de anúncios em páginas muitos acessadas da internet, para que haja divulgação do quão é importantes que animais silvestres vivam no seu habitat natural e ainda que as pessoas não compactuem com esse tipo de atividade. O Ministério da Educação deve, ainda, implantar na grade de atividades escolar o desenvolvimento do senso de responsabilidade ambiental dos alunos, por meio de palestras e aulas didáticas e dinâmicas em biologia, visando, principalmente, as crianças, para que sejam adultos conscientes da crueldade do tráfico de animais silvestres e adolescentes com voz para lutar pela liberdade desses. Em síntese, para combater esse mercado ilegal deve-se começar pela "raiz, posto que, se não há comprador, não há venda.