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Enviada em: 07/07/2017

Tráfico de animais silvestres: um flagelo brasileiro   O tráfico ilegal de animais silvestres é a terceira atividade ilícita mais lucrativa, segundo a ONU. As sanções brandas aplicadas aos criminosos e a realização de compras clandestinas colaboram e maximizam a existência desse comércio, reduzindo significativamente a quantidade de animais em florestas e gerando graves desequilíbrios ecológicos.    Devido a sua biodiversidade, o Brasil é um dos principais alvos dos traficantes, sendo retirados ilegalmente mais de 38 milhões de animais silvestres, conforme a Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas). Quando criminosos, enfim, são presos em flagrantes somente pagam fianças e respondem o processo em liberdade. Essa abordagem judicial não interrompe o comércio ilegal e, por isso, persiste.     Além disso, há pessoas que compram animais ilegais. Essa atitude é crime, e o animal deve ser levado a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), onde receberá cuidados médicos e poderá, por fim, ser devolvido à natureza. A atividade existe em razão do grande número de compradores, tanto nacionais, quanto internacionais. Segundo a Polícia Federal, 40% dos animais são exportados por caminhoneiros, carros particulares e ônibus, configurando, assim, um crime de ordem internacional.     O comércio ilegal de animais silvestres movimenta anualmente 20 bilhões de dólares, de acordo com a Renctas, e esse cenário precisa mudar, evitando desequilíbrios biológicos e processos de extinção. Denúncias devem ser realizadas, a fim de que se registre flagrantes e aplique sanções cabíveis, coibindo o tráfico, a caça e os cativeiros. Faz-se necessário também a revisão da lei que trata das infrações cometidas contra o meio ambiente, empregando multas adequadas e prisões. Por parte da sociedade cabe o discernimento na hora de comprar animais silvestres, exigindo notas fiscais e verificando o registro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).