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Enviada em: 26/07/2017

No filme “Tarzan”, caçadores invadem a área de floresta com fito de caçar animais que serão estudados, utilizados como matéria prima ou se tornarão animais de estimação. Fora das telas, o tráfico e comércio ilegal de animais é realidade no Brasil. De maneira análoga à lei da inércia de Newton, urge que uma força externa atinja a problemática para que não se mantenha em movimento, sendo, assim, combatida.        Conforme o ideário marxista da economia como determinante da sociedade, pode-se compreender como a cultura extrativista foi difundida no processo de formação do Brasil, servindo de rastilho histórico. Nesse contexto, o comércio de animais era progressivo devido ao enorme lucro. Ademais, essa progressão ocasiona perda da biodiversidade, desequilíbrio nas teias alimentares e coloca animais em risco de extinção.       Sob outro ângulo, é possível avaliar a resiliência do problema ao analisar o deficitário sistema fiscal em áreas com maior incidência de tráfico animal. Em síntese, a pouca fiscalização torna as leis vigentes pouco eficientes. Além disso, o tráfico de animais se mantém devido à persistência de um mercado consumidor e o medo da população local, ocasionado pelo poderio bélico dos traficantes.       Destarte, medidas são necessárias para resolver o impasse. Nesse sentido, o Ministério do Meio Ambiente deve aumentar a fiscalização, por meio do IBAMA, nas áreas de maior incidência. Ademais, a sociedade civil organizada, o terceiro setor, deve se aliar às universidades, enaltecendo a temática e criando projetos de preservação da biodiversidade ao combater o tráfico de animais. Outrossim, o IBAMA deve criar uma ouvidoria online, na qual se poderá denunciar o comércio ilegal de maneira anônima, sendo investigada e julgada sob a legislação; e mídias governamentais, como “Hora do Brasil” e cartilhas a serem distribuídas, devem promover a conscientização acerca do problema e estimular denúncias.