Materiais:
Enviada em: 06/09/2017

O Brasil é sempre retratado superficialmente com uma fauna e flora encantadora, além de diversa, e com recursos naturais abundantes. Entretanto, nos últimos anos, o que se nota é o início da extinção de muitas espécies no país. Parte disso decorre da caça ilegal de espécies endêmicas para o comércio, para donas de casa, até multinacionais, resultado do baixo investimento na fiscalização e monitoramento das florestas e seus animais.           Pesquisas da ONG Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres apontam que 38 milhões de animais silvestres são retirados dos seus habitats anualmente, desses, 90% morrem logo após a captura. isso decorre pelo fato de não haver investimento suficiente no monitoramento desses animais, que acabam soltos em regiões sem fiscalização, facilitando a feitura da caça ao comércio. Além disso, as penalidades impostas em lei para quem realiza comércio com animais silvestres ilegalmente são muito brandas se comparadas à gravidade do delito, o que estimula o ganho de capital com essa mercadoria, tirando-se cores da selva e colocando-as em cédulas.          Outrossim, a fauna brasileira possui tantas peculiaridades que ainda não se catalogou tudo. Isso atrai os olhos de empresas farmacêuticas internacionais que buscam o desenvolvimento de remédios e substâncias a partir das secreções de animais endêmicos. O Problema reside a partir do momento em que se torna mais lucrativa a busca por animais comerciados ilegalmente do que aqueles normatizados ao uso de pesquisas, devido ao preço mais acessível e espécimes em maior quantidade. No entanto, essa falta de preocupação ambiental faz com que muitas espécies entrem em perigo de extinção antes mesmo de serem devidamente catalogadas. Isso ocorre, principalmente, pela falta de programas ambientais de reposição de animais, além da falta de fiscalização de instituições privadas que não seguem as normais ambientais brasileiras, não sendo devidamente penalizadas.           Logo, observa-se a necessidade urgente de reforma no panorama ambiental brasileiro que visem desestimular o comércio ilegal, independente do seu fim. O aumento no investimento dos agentes fiscalizadores, pelos órgãos públicos e a União, faria com que menos contrabandos ocorressem, e o preço dos animais no mercado ilegal se tornasse insustentável devido ao risco. Além disso, leis mais rígidas instauradas por órgãos governamentais federais desestimulariam a caça para o comércio ilegal de animais, também desestimularia sua compra por pessoas ou empresas, já que multas pesadas seriam aplicadas a elas. Desse modo, nota-se como é importante preservar a fauna brasileira com ações afirmativas do estado, para que o bem mais precioso do país não seja arrancado por mãos gananciosas por dinheiro, e egoístas com a humanidade.