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Enviada em: 28/08/2017

A fauna brasileira está entre as mais diversas do mundo. Entretanto, toda essa riqueza vem sendo constantemente ameaçada devido a execrável prática de comércio ilícito de diversas espécies. Desse modo, faz-se necessário analisar as causas do crescente avanço comercial de animais, bem como as implicações para a biodiversidade dos ecossistemas brasileiros.    É fundamental pontuar, de início, que graças à constituição frouxa o tráfico de animais silvestres continua no país. Segundo a declaração Universal dos Direitos dos Animais, é dever do Estado criar leis que garantam a proteção de sua riqueza faunística. Todavia, apesar de o Brasil seguir tal prerrogativa, faltam órgãos específicos para fiscalizar a problemática, sobretudo, em regiões da Amazônia e litoral brasileiro, nas quais se concentram grande parte dos animais procurados por traficantes, com a ararinha-azul, tucano-toco, mico-leão-dourado, entre outros. Assim, a falta de fiscalização nessas respectivas áreas aumenta a liberdade para a prática.    Outrossim, é importante pontuar, ainda, o grande abalo que o comércio ilegal de animais causa no equilíbrio da biodinâmica natural dos ecossistemas. De acordo com a Hipótese de Gaia ( deusa da mitologia grega ) o planeta é um grande organismo vivo e interdependente. Essa Hipótese é corroborada com o preocupante registro do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais (IBAMA), o qual registra mais de 165 espécies de aves ameaçadas de extinção, já que com o apresamento forçado de organismos de determinada espécie em um ambiente a reprodução torna-se ameaçada, comprometendo, em consequência, sua sobrevivência.    Levando em consideração esses aspectos, é preciso que atitudes prementes sejam tomadas, no intuito de reprimir o tráfico de animais e, desse modo, garantir a integridade da biodiversidade brasileira. Para tanto, e necessário que o Governo Federal, em parceria com o IBAMA e ONG's relacionadas, em conjunto, criem órgãos voltados à fiscalização das florestas, em prol da erradicação da prática ilícita do comércio faunístico. Em adição, o Congresso Nacional deve elaborar leis rígidas que julguem e condenem qualquer ato dessa ordem. Ademais, a própria população deve conscientizar-se e ajudar na fiscalização, isto é, reportando às delegacias de seu município ou diretamente com o IBAMA qualquer suspeita de captura e comercialização de animais silvestres, principalmente quando esses pertencem ao rol dos ameaçados de extinção. Quem sabe, assim, seja garantido a perpetuação das espécies e de que as futuras gerações as conheçam.