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Enviada em: 02/11/2017

No filme de animação Rio, Blu, a última arara azul da sua espécie, perde seus extintos selvagens por ser cativo, além disso sofre grandes perseguições de traficantes de animais, pelo seu grande valor no mercado ilegal. Apesar da trama infantil, a realidade fora da obra ficcional mostra-se tanto quanto cruel, e portanto, faz-se necessário leis mais severas, e a maior conscientização do grande investidor desse tráfico: o consumidor.   Segundo o Instituto Brasileiro do meio ambiente e de recursos naturais, no Brasil as regiões sul e sudeste apresentam os maiores números de compradores de animais silvestres do país, que em sua maioria partem das regiões norte e nordeste, submetidas a esconderijos precários que colocam em risco suas vidas. No entanto a apreciação pelo exótico e o senso comum de que a comercialização desse tipo de animal não é crime, contribuí para que o Brasil seja referência nessa atividade ilegal.  Além disso, antes que o animal chegue até o comprador final, há um sistema organizado que garante o funcionamento desse tráfico, baseado em esconderijos para os animais, e escape da fiscalização nas rotas. Porém as punições previstas na legislação brasileira se restringem à multas e apenas alguns meses de prisão. Dessa forma o índice de reincidência é grande, visto que há uma grande impunidade, garantido a manutenção dessa cadeia ilegal. Sendo assim, as novas tecnologias usadas para o combate dessa atividade, como teste de DNA mitocondrial nos animais, ainda são insuficientes para estancar o problema.   Portanto é preciso reforçar a lei com medidas punitivas que aumente a reclusão dos criminosos com penas maiores. É necessário também que o governo reforce as campanhas contra o tráfico, principalmente nos meios midiáticos de grande circulação, como jornais e televisão. Juntamente, o IBAMA deve buscar parcerias com universidades brasileiras que possam buscar ideias que aprimorem e desenvolvam novas tecnologias usadas para fiscalização. Dessa forma, Blu será apenas um mero personagem infantil, sem mais assimilação com a realidade.