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Enviada em: 23/09/2017

Embora haja uma legislação específica que prevê prisão e multa para quem praticar tráfico de animais silvestres, dados do IBAMA revelam um aumento de cerca de 20% desta atividade em 2016 se comparado com 2015. Desse modo, é imprescindível reverter esse quadro e uma das maneiras é através da aplicação mais rigorosa das leis ambientais. Dados do Renctas (Rede nacional de combate ao tráfico de animais silvestres) alertam para o fato de 60% dos animais comercializados ilegalmente são para o consumo interno. Logo, o que auxilia no aumento dos casos de compra e venda de espécies silvestres é a falta de esclarecimento da população sobre os malefícios dessa atividade que tanto impacta a natureza, pois se não tivesse quem comprasse, o tráfico certamente não existiria. Cada espécie apresenta uma função única na natureza ( conhecida como nicho ecológico) que embora possa ser semelhante entre animais do mesmo filo é vital e indispensável para o equilíbrio do ecossistema. Dessa maneira, o tráfico colabora com o surgimento de problemas ambientais pois, retirando espécies do meio ambiente, auxilia na desorganização da cadeia alimentar e contribui para a redução de animais na natureza, tornando - os ameaçados de extinção. A principal rota de contrabando começa no Norte e no Nordeste com o aliciamento das pequenas populações ribeirinhas. Estas, devido ao elevado grau de miséria e desemprego que se encontram, se transformam nas principais "fornecedoras" de animais para o tráfico. Depois, as espécies seguem até o grande mercado consumidor do país , a Região Sudeste. Logo, para que o problema do comércio ilegal de animais silvestres seja solucionado, é preciso que o Ministério da Justiça juntamente com a Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados promovam a aplicação mais rigorosa da legislação por meio de políticas públicas e aumentem a pena para quem praticar a venda ilegal de espécies. Também é necessário que o IBAMA por meio das redes sociais conscientizem a população a deixar de adquirir espécies contrabandeadas , apresentando os malefícios dessa conduta. Por fim, o Ministério do Meio Ambiente deve promover auxílios educacionais e financeiros para as populações ribeirinhas, as retirando da situação de pobreza em que vivem. Com a implantação e vigilância de tais medidas será possível combater o tráfico de animais silvestres no país.