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Enviada em: 24/09/2017

TEMA: MAUS TRATOS CONTRA OS ANIMAIS      No século 16, os macacos sul-americanos já eram encontrados como animais de estimação nas residências inglesas, visto que no Brasil, o hábito de criar aves canoras como mascotes foi herdado dos índios pelos habitantes. Hoje em dia, o país ocupa o quarto lugar em população total desses ''bichinhos''. No entanto, ainda se esbarra em muitos episódios de maus tratos contra os animais, apesar dos avanços legais na proteção dos mesmos nos últimos anos. Em vista disso, repensar sobre as causas desse problema é essencial para que políticas de combate a esses atos sejam adotadas.        Em uma primeira análise, observa-se a intenção do agressor de machucar um animal causando-lhe dor e sofrimento de imediato. Segundo o jornalista Benjamin Franklin, o menino que se indigne diante dos maus tratos aplicados aos animais, será bom e generoso com os homens. Entretanto, muitas crianças e adolescentes que agrediram seus animais domésticos, já presenciaram violência em casa. Prova disso são animais maltratados encontrados em moradias que houveram antecedentes de abuso físico. Por conseguinte, esses jovens vulneráveis a violência doméstica são mais propensos a serem malvados com os animais de estimação. Dessa forma, as grandes mudanças começam dentro de casa a partir do reforço de certos valores familiares.     Em uma segunda abordagem, percebe-se que o grande obstáculo para o bem-estar animal é a legislação branda. Isso porque na prática essa lei fomenta a impunidade e ajuda a manter uma cultura do descaso frente a segurança dos animais. Prova disso são os agressores de animais que saem das delegacias mais rápido que os policiais que os levaram até lá. Segundo o professor da UFRJ Daniel Lourenço, necessita-se aumentar a pena do crime de maus tratos a fim do infrator sofrer penas maiores nos casos mais graves, uma vez que o direitos dos animais, tratado com recursos, ainda está inserido no direito ambiental. Assim, haverá mais prisões e menos pagamento de multas ou cestas básicas.    Fica evidente, portanto, que as mudanças de comportamento na luta contra os maus tratos de animais precisam ser permanentes. Com o propósito de reduzir esse problema social, cabem aos pais, em parceria com as escolas, elaborarem um projeto escolar, recorrendo a equipes educativas capazes de realizarem palestras sobre esse tipo de assunto, para reforçarem valores que fortaleçam os alunos como sociedade. Ademais, o Congresso Nacional deve criar um novo Código Penal mais específico e com o aumento das penas, afim de tornar a aplicação da lei mais facilitada para punir abandono e omissão de socorro. Só assim continuar-nos-emos a usufruir do prazer de chegar em casa e ser recebido com um daquele entrelace dançante entre as pernas que só os gatos sabem fazer.