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Enviada em: 11/04/2018

Uma das lendas brasileiras mais populares conta que nas noites de festa junina o boto cor de rosa se transforma em um belo rapaz, o qual encanta as moças mais bonitas da região e as leva para o fundo das águas. Embora seja uma história do folclore amazônico, o boto em si existe, mas parece que não por muito tempo. Isso porque, não só ele como outros animais, estão ameaçados de extinção, em especial, devido ao comércio ilícito dos mesmos. Logo, para evitar o agravamento desse problema, é necessária uma melhor fiscalização e mudança de postura da sociedade.   No Brasil, apesar de existirem leis contra o tráfico de animais, os números do mesmo ainda são alarmantes. Uma pesquisa realizada pelo IBAMA aponta que 38 milhões de animais silvestres são retirados anualmente de seu habitat, sendo deste total, 4 milhões destinados à venda. A causa principal são as facilidades encontradas ao transportar esse tipo de carga, já que muitas passam despercebidas pela fiscalização. Com isso, a fauna brasileira torna-se cada vez mais prejudicada devido a diminuição do número de indivíduos que a compõe.   Do mesmo modo, a sociedade também contribui com o comércio ilegal de animais. Desde o período colonial, as riquezas naturais do Brasil têm sido retiradas de forma imprudente, sendo grande parte delas destinadas ao mercado externo. Os animais silvestres se enquadram até hoje nessa situação, alimentando um mercado de luxo em que há pessoas dispostas a pagarem fortunas por eles e traficantes ávidos por lucros cada vez maiores.   A fauna brasileira, portanto, é acometida progressivamente a cada ano. Nesse contexto, cabe ao Estado, através do Ministério da Educação, reservar um dia do ano letivo dos ensinos fundamental e médio, no qual haverá a participação dos alunos em palestras e debates com profissionais da área, para que os jovens tenham conhecimento sobre o tema e possam contribuir para o seu combate e fiscalização. Assim, através da mudança de postura dessa nova geração, muitos animais não serão apenas uma lenda.