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Enviada em: 15/04/2018

Liberte-os                                                                                  "O pensamento é o ensaio da ação". Em conformidade a ideia do psicanalista Sigmund Freud, torna-se compreensivo e até dialético reconhecer que o homem não é, e nunca será livre de toda inocência, principalmente quando leva-se em consideração o fato de que a prática é precedida por um raciocínio. Em virtude disso, observa-se o tráfico de animais silvestres, como um exemplo de problema que pode ser evitado na sua totalidade se antecipadamente for combatido: o mau hábito do brasileiro em se dar bem em tudo e a fraca legislação vigente.                                                                                                       Na obra Macunaíma, o escritor Mário de Andrade estereotipa, por meio de personagens a  conduta de muitos brasileiros, sobretudo, os que querem se dar bem, fazendo grande referência aos compradores de animais silvestres, já que, são essas pessoas que fomentam e dificultam a luta contra esse tráfico. No romance, o protagonista é conhecido como "o herói sem nenhum caráter", no caso, é todo cidadão que sabe da ilegalidade e adquire o bicho, conhecem as exigências e não pedem nota fiscal, veem tudo acontecer e não denunciam, com o intuito de levar vantagem. Enquanto isso acontecer, mais espécies entrarão em extinção e seguira sendo a terceira atividade clandestina com maior lucro no mundo.              Outrossim, pode-se apontar também como um defronte, a fragilidade na legislação, no que se refere, ao amparo e ao bem estar dos animais. Nessa conjuntura, cabe sobrelevar a  célebre frase do político e filósofo Thomas Hobbes "o homem é o lobo do próprio homem", o que significa, que há uma necessidade permanente de leis perduráveis, para que a destruição natural da sociedade não traga  fim a nenhuma espécie. Dessa forma, cabe destacar a rasa legislação nacional, tal como: " a lei ambiental" que prevê de seis a um ano de prisão e multa para quem contrabandear animais silvestres, ou seja, não existe ameaça, uma vez que, não existe justiça para punir.    Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para resolver essa objeção. Desse modo, é dever do poder legislativo criar leis mais rígidas para combater o tráfico de animais silvestres, à medida que, a exiguidade pedir; tornando inafiançável o crime de quem trafica e multando quem compra, com o mesmo valor do animal aprendido,  por exemplo, se uma arara azul custa 15.000 mil reais, será esse o valor pago por quem obtém. É importante também, que haja campanhas de conscientização, em todos os meios de comunicação,  com a divulgação do disque denúncia, para que toda  comunidade colabore contra o tráfico. Por último, que a família e as escolas ensinem as crianças a ética e a legislação, respectivamente, para dar fim a triste cultura de macunaíma.