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Enviada em: 10/04/2018

O mico-leão dourado, animal símbolo da fauna brasileira, já é considerado "em extinção". Mostrando, assim, que devido à caça e o comércio ilegal desses animais, quase todos os indivíduos de suas espécies já foram retirados da natureza, e que, se nada for feito, o animal desaparecerá completamente do meio ambiente. O mico-leão dourado é apenas uma vítima do comércio ilegal de animais no Brasil que, haja vista exposto, precisa ser combatido com ações efetivas.       Numa análise histórica da sociedade, a ostentação de bens sempre foi almejada e praticada pelo ser humano como forma de se auto afirmar em seu meio. Assim, consonante ao pensamento da filósofa Hannah Arendt, de que a admiração pública também é algo a ser usado e consumido pela vaidade individual, carros, joias e, da mesma forma, animais silvestres (considerados "exóticos"), são usados pelo homem para ostentar seu poder aquisitivo. Dessa forma, a caça ilegal de indivíduos de espécies silvestres é incentivada, haja vista que há um público disposto a pagar altos valores por eles.       Nessa mesma análise, a caça para o comércio em grande escala de animais silvestres pode levar suas espécies à extinção. Mesmo com leis que proíbam tais atos, como a lei nº 5197, a apreensão de espécies "exóticas" continua, sem serem levados em consideração o equilíbrio ambiental, as cadeias alimentares nos ecossistemas e a biodiversidade existente de espécies. Portanto, promove-se tanto um desequilíbrio ambiental, em nome da ostentação e da lucratividade por vias ilegais, como um desrespeito às leis ambientais do país.       Infere-se, portanto, que medidas devem ser tomadas para combater o comércio ilegal de animais silvestres no Brasil. Ao Ministério do Meio Ambiente, em parcerias público-privadas com instituições e ONG's ambientais, como o Greenpeace, cabe a divulgação de uma campanha nacional visando a conscientização da população das consequências da compra de animais silvestres. A campanha deverá ser feita por meio de anúncios nas principais redes sociais utilizadas pela sociedade, como o Facebook e o Instagran, divulgando dados acerca das práticas ilícitas de caça e comércio de espécies silvestres e suas implicações no meio ambiente. Ao poder judiciário, cabe a revisão da legislação ambiental brasileira para intensificar as penas àqueles que desobedecerem suas normas. Além disso, a fiscalização dos ecossistemas brasileiros, habitat dos animais ameaçados de caça, deve ser intensificada, visando não só o cumprimento das leis ambientais, como também a preservação do meio ambiente e das espécies que nele habitam. Dessa forma, espera-se que nenhum outro animal chegue à categoria de extinto, como quase está sendo considerado o mico-leão dourado.