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Enviada em: 12/04/2018

O comércio ilegal de animais silvestres é o terceiro maior negócio ilícito mais lucrativo do mundo. No Brasil existe uma enorme variedade de animais e todas as espécies têm significado para o equilíbrio da natureza. Além da importância científica, social, estética e econômica, a fauna silvestre é fundamental para a sustentabilidade dos ecossistemas. Entretanto, diversas espécies estão sob ameaça por uma verdadeira exploração predatória. Em consequência desse aproveitamento, milhões de bichos são mortos pela ganância de quem vende e pela desinformação de pessoas que criam bichos em casa como se fossem animais domésticos.    Segundo dados de 2012 da Organização não Governamental WWF, o tráfico de animais silvestres (principalmente aves) são retirados anualmente de suas áreas nativas no Brasil. Essa prática consiste em um crime ambiental previsto na Lei de Crimes Ambientais, Nº 9.605/98, e vem contribuindo para a extinção de muitas espécies da biodiversidade brasileira.      Ademais, quando criados em casa, os animais silvestres ilegais podem ser transmissores de doenças que podem resultar até mesmo em morte. As crianças também correm riscos, uma vez que esse tipo de animal não é acostumado ao convívio familiar e pode arranhar ou morder quando se tenta pegar ou brincar.         Portanto, torna-se imperativo que o Estado, na representação do poder legislativo em parceria com o Ministério Público,  desenvolva leis de tipificação como propor ação civil pública, além de promover a responsabilização penal das pessoas físicas e jurídicas que comercializam e confinam animais silvestres de forma ilegal, tornando essa prática um crime hediondo. Além disso, os promotores e procuradores da justiça brasileira devem propor ações no sentido de defesa dos animais tanto em questões individuais quanto nas referentes à tutela coletiva. Diminuindo assim, o número de animais em extinção e em situações de cativeiro.