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Enviada em: 02/05/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride, quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o conceito de família no século XXI, no Brasil, hodiernamente verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não na prática. Desta forma, a problemática persiste intrinsecamente ligada á realidade do país, seja pelo preconceito ao grupo LGBTQI, seja pelo tradicionalismo familiar. Nesse sentindo convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente da sociedade.   Paralelamente Eduardo Cunha, presidente da câmara dos deputados (PMDB-RJ), criou no dia 10 de fevereiro, uma comissão especial para acelerar o projeto que reconhece como família apenas os núcleos sociais formados pela união de um homem e uma mulher. Desse modo, tal pensamente reflete no alto conservadorismo, que implica em alegar que uma família ideal seja formada apenas por um vínculo heterossexual. No entanto, percebe-se que a relação afetiva não está ligada somente a caracterização das figuras pai e mãe, mas sim na valorização do que realmente é o amor e as diversas formas que ele pode ser demonstrado.    Ademais, é perceptível que para ser uma família não é necessário rotular a forma que esta deve ser formada, o problema não está diretamente ligado as pessoas que criam outros indivíduos (como a comunidade LGBTQI), mas sim na forma como estas formam os seus filhos. Desse modo, independentemente do gênero sexual, é necessário que os cidadãos compreendam o verdadeiro significado da ética, para que se tornem seres humanos com valores derivados do respeito e tais características independem de qualquer orientação sexual para serem repassadas.  É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério das Comunicações junto a mídia televisiva devem inserir mais debates em canais abertos e propagandas, que incentivem o respeito perante a valorização da família independente da forma como esta é instituída, para que haja mais igualdade sobre as diferentes concepções do que verdadeiramente seja uma família. Ademais, como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate ao preconceito contra a comunidade LGBTQI, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus, para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.