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Enviada em: 29/04/2018

O moderno núcleo familiar brasileiro    Segundo o filósofo belga Claude Lévi- Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como os eventos históricos e as relações sociais.Esse panorama auxilia na análise da família contemporânea no Brasil, visto que a família tradicional, historicamente, marginaliza os diferentes modelos familiares. Diante disso, deve-se analisar o conservadorismo e os novos modelos de pais solo.   Apesar das visíveis mudanças familiares, o conservadorismo ainda é latente na sociedade civil. Em 2015, a Câmara dos Deputados ressurgiu um polêmico projeto denominado "Estatuto da Família", que legitima apenas a união entre homem e mulher, perpetuando o preconceito com os casais que não são heterossexuais.Embora muito já se tenha conquistado pelos casais homoafetivos, para uma parcela representativa da população, o modelo tradicional é o que representa a família brasileira, tendo como consequência a intolerância.    Outrossim, os pais e mães solteiros representam maior parte dos novos núcleos familiares do Brasil. De acordo com o IBGE, 53,8% dos lares tem a mulher como representante da família. A mulher divorciada estava destinada à solidão pela sociedade patriarcalista, mas com o passar dos anos a mulher ganha cada vez mais espaço em todas as áreas que ocupa, tendo como consequência a ruptura com a família tradicional brasileira.          Torna-se, evidente, portanto, que além da família tradicional, os modelos contemporâneos são os pais solo e os monoparentais. Em razão disso, a escola, como instituição socializadora, deverá expor os novos modelos de família, promovendo o respeito e a integração, através de debates. A mídia, como maior disseminadora de informação, deve esclarecer e incentivar o respeito, fazendo com que o moderno núcleo seja aceito, alterando o entendimento da reestruturação social brasileira por meio da interpretação adequada, como Claude disse.