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Enviada em: 19/05/2018

Para o dicionário Michaelis da língua portuguesa, família é um grupo de pessoas, com relação de parentesco ou não, que vivem sob o mesmo teto. Essa definição engloba, portanto, diversas associações familiares. Diversas medidas já foram conquistadas em prol da pluralidade familiar, todavia, grupos conservadores, tentam minar essas conquistas, principalmente pelo fato de que vários arranjos familiares vão de encontro aos dogmas cristãos.    Dessa forma, diversos tipos de famílias existem atualmente: mães e filhos, pais e filhos, avôs e/ou avôs e netos e uniões homoafetivas e heteroafetivas. Isso fez com que o STF (Superior Tribunal Federal), em 2011, considerasse todos esses grupos familiares, tanto em direitos quanto em deveres. Tal medida atendeu principalmente a demanda de reconhecimento de casais homossexuais como vínculo familiar.    Sendo assim, a partir daquela data, os cartórios de todo o território nacional devem realizar o casamento de pessoas do mesmo sexo, a adoção também foi algo contemplado com a medida, ou seja, casais homoafetivos podem adotar crianças sem empecilhos. Além disso, todos os tipos de famílias tem direitos como a licença maternidade e paternidade e pensão.    Contudo, o conservadorismo ainda se faz presente de forma intensa na sociedade brasileira, principalmente na política, onde diversos deputados tentam impedir todos esses avanços sociais com a justificativa de que eles não estão de acordo com o que é pregado na Bíblia. Para isso, esses indivíduos criaram, em 2015 o Estatuto da Família,  que é um projeto de lei que pretende designar como família, em seus direitos e deveres, exclusivamente os casais heterossexuais. Isso mostra o quão retrógrados são boa parte da classe política nacional, desejando excluir, por exemplo, uniões homoafetivas e mães solteiras, grupos que eram excluídos da sociedade durante boa parte do século XX e que mesmo possuindo amparo da lei, sofrem preconceitos como esse.    É necessário, portanto, minimizar o conservadorismo na sociedade, e isso deve ser feito de duas formas: primeiramente, o Ministério da Educação deve tornar obrigatória ,na matriz curricular das escolas, aulas pautadas na diversidade, tanto cultural, racial, e sobretudo, familiar, para que desse modo, crianças e jovens cresçam respeitando as disparidades entre as pessoas. Em segundo lugar, os movimentos sociais LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais) devem usar o ativismo virtual como forma de propagar a pluralidade e pressionar as autoridades por um maior amparo legal. Tudo isso é de extrema importância para a formação de uma sociedade onde exista respeito mútuo entre todas as pessoas.