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Enviada em: 26/03/2017

O diferente é importante De acordo com o sociólogo Émile Durkheim, a sociedade pode ser compreendida como um “corpo biológico” em constante interação. Dessa forma, para que esse organismo mantenha essa relação igualitária e coesa, é essencial que os direitos de todos os cidadãos sejam assegurados. Contudo, no Brasil, isso não ocorre, uma vez que no século XXI, os casais homoafetivos ainda são vítimas de preconceito. Esse quadro de persistência de discriminação contra esse grupo social é fruto, principalmente, de uma visão cristã da entidade familiar e da difícil aceitação por parte da sociedade conservadora em relação a esse novo conceito de família. Em uma primeira análise, é importante salientar que a civilização ocidental está alicerçada nos valores cristãos, a exemplo disso temos o matrimônio entre um homem e uma mulher. Nessa perspectiva, a mudança de uma tradição historicamente tão longa e arraigada como essa é de difícil aceitação pela maioria da sociedade. Desse modo, é notório o preconceito sofrido pelas outras formas de casamento e família, como a união dos homoafetivos, que além de ser algo novo no meio social é visto como pejorativo, dado que casais de mesmo gênero não podem gerar descendentes, assim, prejudicando a sociedade como um todo. Por outro lado, existe uma pressão muito forte exercida pela sociedade conservadora, a qual insiste em denegrir e prejudicar a imagem desse novo conceito de família na sociedade contemporânea. Nesse sentido, é criado e apoiado iniciativas que visem coibir esse novo modelo familiar, os projetos de políticos que definem um modelo correto de união entre os seres humanos a ser seguido é um exemplo. Entretanto, hodiernamente, com a evolução do pensamento da sociedade e a quebra desses estereótipos, as ideias conservadoras ultrapassadas já não são tão aceitas como anteriormente, portanto, sendo vistas no presente como arcaicas, decadentes, limitadas e incapazes de se encaixarem e adequarem no contexto social atual. Convém, então criar mecanismos de inclusão para essa e as novas modalidades de família, tendo em vista o bem comum. Em certa medida, a reação aos avanços nas políticas públicas voltadas a inclusão desses grupos sociais no âmbito social, nos últimos anos, tem sido positiva, porém, fica evidente a necessidade de aprimorar esse sistema de inserção social. Fora os projetos já em vigor, o governo deve investir na criação de uma legislação de equiparação de direitos entre a união homoafetiva e o modelo tradicional de família, por meio de votações de projetos de lei. Ademais, a escola tem o papel de impulsionar a igualdade de direitos, por intermédio de realizações de palestras e projetos educacionais, especialmente, entre crianças da educação infantil, pois são um campo fértil para a discussão e assimilação de ideias. Por fim, cabe a mídia auxiliar na quebra dos estereótipos contra os outros moldes de união entre pessoas, mediante a disseminação de propagandas televisivas em todos os horários possíveis, no entanto dando preferência aos que têm maiores índices de audiência.